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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Doutor, que horas são?

Agenda cheias, múltiplos compromissos, pressão para se manterem sempre atualizados. Médicos sofrem o ônus de correr contra o tempo



Os médicos estão doentes e a causa é a falta de tempo, ou melhor, o excesso de atividades assumidas. Para o Dr. Timothy Jerome Moynihan, da consagrada Mayo Clinic, mais que administrar as horas uteis do dia, é preciso aprender a lidar com o tempo: “Trata-se de algo é inflexível, não podemos alterá-lo”. Em meio a tantas sessões científicas realizadas no ASCO 2011, essa abordava um tema curioso: a busca pelo equilíbrio. E a platéia não era pequena.

Dra. Martha P. Mims, do Baylor College of Medicine, enfatizou a presença da Síndrome de Burnout no meio médico, cujos sintomas geram impactos nos profissionais, suas famílias e seus pacientes. O estágio crônico mais comprometedor e avançado de estresse é um diagnóstico frequente.

A médica apresentou dados referentes a levantamentos norte-americanos: as doutoras são 60% mais suscetíveis ao Burnout que os homens e, no quesito idade, quanto mais jovem maior é a ocorrência. A personalidade conta muito, os perfeccionistas sofrem mais. “Médicos não mantêm hábitos saudáveis. Muitas vezes trabalham doentes, exatamente o oposto do que orientam aos pacientes”, destacou. Some-se a isso a contínua pressão para manter-se atualizado, entre diversos outros fatores específicos da profissão.

Para combater a situação é necessário definir a direção da carreira: saúde pública, área privada, atividade acadêmica ou pesquisa. Em seguida, é preciso estabelecer objetivos, que deverão ser revistos de tempos em tempos. Priorizar é outra atividade importante e cada profissional deve reconhecer aquilo que é essencial em sua vida. “Alguns desejam mais tempo com a família. Outros querem reconhecimento”, pontuou Dra. Martha.

Não se deve acreditar na máxima “You can have it all”. Não se pode ter tudo. “No trajeto deve-se manter a fidelidade aos valores e objetivos e o foco porque sempre haverá estímulos para assumir novos compromissos”, alertou a médica. Uma boa dica é tentar responder à pergunta “Quando olhar para trás, o que desejará ter realizado em sua vida?”. Ao contrário do que se pratica em medicina, esta receita parece servir não só para os oncologistas. Em um tempo no qual o desafio é viver no aqui-agora, ela serve para todos nós.

Fonte Dzai

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