Pelas condições, tão precárias, na Idade Média as cirurgias somente eram realizadas em última instância, caso de vida ou morte. Sobre anestésicos, algumas das fórmulas usadas para aliviar a dor e/ou provocar induzir ao sono, eram potencialmente letais. Como esta, que utilizava os seguintes ingredientes: suco de alface, fel [bílis] de um javali castrado, vinho de de Briônia [colubrina - trepadeira que dá pequenos frutos macios e lisos; a planta é toda venenosa até a raiz], ópio, Meimendro negro [Hyoscyamus niger], que é extremamente tóxica, cicuta-verdadeira [Conium maculatum] ─ analgésica e vinagre. Tudo isso, misturado com vinho, compunha a beberagem de má cara que o paciente tinha de beber sem saber se ia acordar do "nocaute" [do desfalecimento].
Para o inglês medieval, a palavra belladonna [dwale ─ pronunciada dwaluh] servia como sinônimo para indicar qualquer poção anestésica. O meimendro negro, sozinho, é suficiente para matar. A intenção era fazer o paciente dormir profundamente permitindo, desse modo, a realização da cirurgia. Porém, a fórmula podia desandar e provocar a suspensão da respiração [do paciente, claro].
Paracelso, médico suíço medieval, foi o primeiro a usar éter para anestesiar. Mas o éter não foi bem aceito pelos conservadores e seu uso caiu em declínio. O éter somente foi redescoberto na América do Norte, 300 anos depois. Paracelso também usava o láudano e a tintura de ópio como analgésicos.
Fonte sofadasala
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