Os Ministérios da Saúde e da Agricultura alertam para o risco mortal de infecção por bactéria E.coli existente no consumo, manuseamento e germinação a nível doméstico (em vasos ou pequenas hortas) de feno-grego.
Sementes de feno-grego (alforva) produzidas no Egipto estão proibidas na União Europeia
Trata-se de uma popular planta medicinal que também é conhecida em Portugal por alforva. É vendida sob a forma de chá em ervanárias para reduzir o colesterol e em ampolas como auxiliar de memória e calmante.
As sementes, também utilizadas na produção de caril, e os rebentos são a fonte provável da infecção, depois de afastado o risco dos pepinos, da alface e da soja. Neste sentido, "o Ministério da Agricultura procede à sua retirada do mercado", confirmou ao CM, o director-geral da Saúde, Francisco George.
A recolha da planta suspeita surge depois de a União Europeia proibir a importação de feno-grego do Egipto, apesar de o Ministério da Agricultura do país africano negar que as sementes estejam contaminadas. A infecção resultante da bactéria E.coli regista 3941 casos no Mundo, tendo morto 52 pessoas, 50 das quais na Alemanha, divulgou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Ministério da Agricultura recomenda às pessoas para só "comerem rebentos vegetais desde que bem lavados e cozinhados a altas temperaturas". Por sua vez, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) lançou na última sexta-feira uma orientação dirigida aos médicos do Sistema Nacional de Saúde em que sublinha a necessidade de detecção precoce dos casos.
Os doentes devem ser encaminhados para os hospitais quando se verifique uma gastrenterite com diarreia sanguinolenta, associada a viagens a países europeus, contacto com doentes ou consumo de rebentos de feno-grego.
A doença adquire-se sobretudo pela ingestão de alimentos contaminados, mas a DGS lembra que também há transmissão de pessoa para pessoa.
MORTE NOS EUA E QUATRO NOVOS CASOS EM FRANÇA
Na última semana, a infecção provocada pela bactéria E.coli fez a primeira morte nos Estados Unidos, no Arizona. Cinco outros norte-americanos estão internados. França registou quatro novos casos, entre os quais um bebé de sete meses. A família da criança, residente em Lille, consumiu hambúrgueres congelados à venda nos supermercados Lidl. Entretanto as autoridades sanitárias francesas ordenaram a recolha dos supermercados de embalagens de carne picada suspeita.
Fonte Correio da Manhã
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