Atrofia faz parte de problemas decorrentes também de outras doenças, como diabetes, câncer e insuficiência renal
Já é consenso na medicina que os exercícios físicos fazem bem à saúde, prevenindo contra doenças. No entanto, o treinamento também ameniza problemas decorrentes de enfermidades. É o caso da atrofia muscular, que está associada à insuficiência cardíaca e, conforme revela pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte da USP, pode ser reduzida por meio de treino adequado.
Experimentos realizados em animais pela pesquisadora Telma Fátima da Cunha mostraram que o exercício físico diminui a atividade do principal sistema de degradação de proteínas intracelulares, o ubiquitina proteassoma, fator que contribui para a atrofia também em doenças como o câncer, a insuficiência renal e o diabetes. O treinamento físico aeróbico em esteira foi iniciado com camundongos aos cinco meses de idade (insuficiência cardíaca moderada), treinados por dois meses, cinco vezes por semana, uma hora por dia.
— Para estabelecer o volume de treinamento desses animais, eles foram submetidos a um teste de esforço semelhante aos testes ergométricos realizados em seres humanos, inclusive em portadores de problemas cardíacos. O treinamento favoreceu o aumento da massa muscular, por meio da redução do estresse oxidativo e dos componentes do sistema ubiquitina proteassoma — aponta a pesquisadora.
Pacientes com insuficiência cardíaca que participaram de um programa de treinamento físico, também apresentaram indicativos de redução na atividade do sistema.
— O treinamento físico, além de aumentar o consumo máximo de oxigênio, melhorando a capacidade de geração de energia, reduziu a atividade do sistema ubiquitina proteassoma, indicando melhora do prognóstico dos pacientes, que costuma ser piorado pela atrofia — diz José Bianco Moreira, colaborador da pesquisa.
Fonte Zero Hora
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