Dentro deste segmento os genéricos vêm ganhando cada vez mais espaço devido à política pública de acesso e incentivo ao consumo destes medicamentos pelo setor público e privado
Responsável por um mercado que já movimenta cerca de US$ 30 bilhões ao ano, o Brasil já é considerado o oitavo maior mercado farmacêutico no mundo de acordo com a MS Health. Dentro deste segmento os genéricos vêm ganhando cada vez mais espaço devido à política pública de acesso e incentivo ao consumo destes medicamentos pelo setor público e privado.
No entanto, segundo o pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz, Jorge Magalhães, mesmo com um mercado farmacêutico nacional extremamente promissor ainda existe uma demanda reprimida onde, cerca de metade da população ainda não possui acesso adequado aos medicamentos disponibilizados.
Segundo Magalhães, além da entrada dos genéricos, outra medida adotada pelo governo é a política de internalização de fármacos e medicamentos, para que esta experiência seja garantida no País para aumentar o acesso da população.
Atualmente, 95% dos insumos para a produção de medicamentos no Brasil são importados. Magalhães explica que a baixa produção de insumos se deu em meados da década de 80, época em que o Brasil produzia seus próprios insumos e com a reabertura do mercado nacional, na década de 90, houve uma enxurrada de produtos mais baratos e modernos, uma vez que a indústria nacional sofreu um atraso tecnológico de cerca de dez anos.
De acordo com Magalhães, China e Índia, que não aderiram à política de patentes, aproveitaram os dez anos de vantagem sobre o mercado brasileiro, que estava fechado, e evoluíram tecnologicamente neste segmento. Assim que a abertura houve uma enxurrada de medicamentos e insumos com preços extremamente competitivos”.
De acordo com o pesquisador, o que está sendo feito para conter este excesso de importações é inverter este cenário agregando valor ao produto nacional e internalizando estes fármacos com competência para acompanhar a política de genéricos.
E ressalta que hoje podemos dizer que com a política efetuada no Brasil e com a legislação atendendo as boas práticas de fabricação nós estamos preparados para competir com as grandes farmacêuticas e laboratórios. Segundo ele este movimento ganhou o reconhecimento de organismos internacionais que já têm despertado interesse no mercado nacional.
E finaliza ao informar que, um exemplo disso foi a aquisição da Medley pela Sanofi-Aventis, que abocanhou um grande mercado dos genéricos.
Fonte SaudeWeb
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