Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Portugal: Internamentos nos hospitais públicos aumentam 32% entre 2000 e 2008

Os internamentos nos hospitais públicos aumentaram 32,6% entre 2000 e 2008 e as mortes entre os internados subiram cerca de 25%, segundo o livro "A Morte e o Morrer em Portugal", que é hoje apresentado.

Em 2000, registaram-se 37.224 mortes entre os internados, que subiram para 46.450 em 2008.

O número total de internamentos é superior nas mulheres em todo o período analisado. Em 2008, registaram-se 457.815 internamentos de mulheres e 404.384 de homens.

Contudo, o número total de óbitos é superior nos homens, o que resulta numa taxa de letalidade intra-hospitalar muito superior (homens 6,2% e mulheres 4,6% em 2008).

A distribuição dos episódios de internamento por idades mostra aumentos em todos os grupos etários, com exceção dos mais jovens (decréscimo relativo de 14,5%).

"Como seria expectável, tendo em conta a evolução demográfica, é nas idades mais avançadas que se têm registado os maiores aumentos relativos (85 e mais: 75,6% e 75-85 anos: 64,0%)", refere o livro da autoria de Maria do Céu Machado, Luísa Couceiro, Isabel Alves, Ricardo Almendra e Maria Cortes, que será apresentado hoje em Lisboa.

A evolução do número de óbitos de doentes internados, segundo o grupo etário, é semelhante à dos episódios de internamento. Assim, registaram-se no período analisado aumentos relativos dos 45 aos 64 anos (10,4%), dos 75 aos 84 anos (36,5%) e aos 85 e mais anos (70,4%) e um decréscimo dos 15 aos 24 anos (49,1%) e dos 25 aos 44 anos (22,0%).

A tendência de aumento no número de internamentos e de óbitos em internamento verificou-se em todo o país, mas foi no Algarve que se verificou a maior subida (55,0%) bem como dos óbitos em doentes internados (57,5%). Em oposição, o Alentejo foi o que apresentou o menor aumento relativo (22,5% e 16,9%, respetivamente).

As doenças do aparelho circulatório são as causas de internamento mais representativas, totalizando, em 2008, 136.793 episódios (15% do total), seguidas pelas digestivas (104.549 episódios), respiratórias (80.429 episódios), geniturinárias (75.851) e tumores malignos (73.413 episódios).

Por outro lado, as doenças do aparelho respiratório, circulatório e tumores malignos são as causas de óbito mais preponderantes (24,7%, 23,3% e 22,5% do total, respetivamente). A taxa de letalidade intra-hospitalar é superior nas doenças infeciosas e parasitárias (15,4%), nos tumores malignos (14,3%) e nas doenças respiratórias (14,3%).

O maior crescimento no número de internamentos verificou-se nas perturbações mentais e do comportamento (88,1%), seguidas pelas doenças geniturinárias (54,4%) e do sistema osteomuscular/tecido conjuntivo (47,9%).

Já o maior número de óbitos em internamento registou-se nas doenças geniturinárias (85,2%), respiratórias (66,8%) e infeciosas e parasitárias (58,7%).

Os internamentos hospitalares por causas externas aumentaram 14,6% entre 2000 e 2008. Em ambos os sexos houve uma tendência crescente, com especial expressão nas mulheres comparativamente aos homens (26,9% e 5%, respetivamente).

As quedas acidentais são as causas externas mais representativas nos episódios de internamento e óbitos, enquanto as lesões não identificadas como acidentais ou intencionalmente infligidas são as principais responsáveis pela letalidade intra-hospitalar.

Entre 2000 e 2008, das causas externas observadas, os acidentes de transporte foram os que registaram os maiores decréscimos no número de episódios de internamento e óbitos (58,7% e 51,9%, respetivamente) e os homicídios/agressão na taxa de letalidade intra-hospitalar (33,5%).

Fonte Destak

Nenhum comentário:

Postar um comentário