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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cardamomo: uma especiaria medicinal

Tempero da família do gengibre, ele é eficiente contra diversas enfermidades

“Carda o quê?” Ele não é uma fruta, nem um legume, nem uma verdura. O cardamomo é um tempero pouco conhecido no Brasil, mas muito utilizado na culinária e na medicina tradicional asiática.

Por aqui, é possível encontrá-lo em mercados municipais e lojas de especiarias. Tem aroma intenso e gosto forte, levemente apimentado. Além de incluí-lo na massa de pães, bolos e carnes, o cardamomo também vai no café árabe e no chá.

A semente dessa planta da família do gengibre, de folhas grandes e flores brancas, era mascada pelos egípcios para refrescar o hálito e limpar os dentes. Posteriormente, suas propriedades terapeuticas foram descobertas e ele passou a fazer parte do arsenal de produtos naturais voltados à saúde.

O cardamomo tem efeito digestivo, anti-séptico, diurético, laxante e expectorante – uma boa opção para auxiliar no tratamento de gripes e resfriados nessa época do ano, quando o índice dessas doenças aumenta. Basta apenas uma pequena colher para prevenir a formação e auxiliar a excreção do muco das vias aéreas.

O nutricionista norte-americano David Grotto, fundador da Nutrition Housecall (instituição que providencia cuidados personalizados de nutrição e dietética) e autor do livro “101 alimentos que podem salvar a sua vida” (Ed. Larousse), relata as propriedades do cardamomo para matar H. Pylori, a bactéria associada a úlceras. “Também exerce um efeito calmante no aparelho digestivo e é usada para tratar dispepsia e gastrite.” Na medicina chinesa, o ingrediente é utilizado contra problemas do aparelho digestivo, como a dor de estômago, náuseas e vômitos.

“O gengibre, que é da mesma família, é muito utilizado contra tonturas e enjôos. Em alguns países, ele é receitado para grávidas por conta dos enjôos”, afirma José Lara Alves Neto, presidente da Associação Nacional de Nutrólogos (Abran). A planta é utilizada também como antiinflamatório e algumas pesquisas já relataram benefícios no tratamento do câncer de cólon. No Oriente, ganhou a fama de ser afrodisíaco, por isso é inserido no café de modo a compensar o efeito da cafeína, que baixaria a libido, segundo a crença local.

Para incluí-lo no dia a dia, prefira comprá-lo em cápsulas e abrí-las somente no momento do uso. “Para preservar o aroma, ponto forte dessa especiaria, deve-se retirar as sementes com cuidado e, de preferência, torrá-las (a seco ou em óleo), em uma frigideira ou forno. Deve-se, também, evitar moer as sementes, pelo mesmo motivo, ou se moer, usá-las em seguida”, aconselha a nutricionista Solange Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas/SP.

Fonte IG

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