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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Detector de metal não afeta marca-passo, diz estudo

Cerca de 700 mil pessoas em todo o mundo recebem marca-passos ou desfibriladores a cada ano - Reprodução
Havia suspeitas de que campos magnéticos poderiam interferir nesses dispositivos, por isso seus portadores eram orientados a solicitar revista manual

Os detectores de metal portáteis usados em aeroportos são provavelmente seguros para portadores de dispositivos como marca-passos e desfibriladores implantáveis, segundo um estudo europeu.

Havia suspeitas de que os campos magnéticos dos detectores poderiam interferir nesses dispositivos, por isso seus portadores são orientados a solicitarem uma revista manual nos aeroportos, o que costuma causar transtornos, segundo Clemens Jilek, do Centro Cardíaco Alemão, em Munique, um dos autores do estudo.

Cerca de 700 mil pessoas em todo o mundo recebem marca-passos ou desfibriladores a cada ano devido a problemas de arritmia cardíaca.

"Com a ampla variedade de dispositivos ritmadores que testamos, não vimos nenhuma interferência entre dois detectores de metal manuais que são amplamente disponibilizados mundialmente", disse Jilek à Reuters Health.

"Nossa conclusão será que os procedimentos de revista com um detector de metal manual normal é segura."

Pesquisas anteriores indicaram que tocadores de MP3 e tecnologias antifurto causavam problemas nos equipamentos cardíacos. Em pacientes sem batimentos autônomos, algumas interferências magnéticas mais fortes podem ser fatais, segundo Jilek.

No estudo, publicado na revista Annals of Internal Medicine, pesquisadores de Munique e Atenas usaram dois detectores durante 30 segundos em 388 portadores de marca-passos e desfibriladores implantáveis, que faziam exames de rotina.

Os detectores de metal funcionavam na potência máxima, e foram passados sobre a pele perto do coração e das fixações. Eletrocardiogramas feitos simultaneamente não indicaram nada de anormal.

Os pacientes usavam marca-passos de 11 fábricas, e desfibriladores de 7 marcas. Juntos, eles compõem 75 por cento dos dispositivos disponíveis no mercado.

Jilek e seus colegas alertaram, no entanto, que as conclusões não provam definitivamente que os detectores de metal são seguros em todos os equipamentos cardíacos, já que os testes, além de não abrangerem todos eles, foram feitos em ambientes controlados, e não em movimentados aeroportos.

"É tranquilizador que as pessoas com esses dispositivos não precisem se preocupar ao serem revistadas com essas varinhas", disse Charles Berul, chefe de cardiologia do Centro Médico Infantil Nacional dos EUA, em Washington.

Fonte Estadão

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