O Ministério da Saúde está convocando 230 médicos aprovados em concurso público para reforçar o quadro de funcionários dos seis hospitais federais no Rio de Janeiro.
O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha, durante visita ao Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul da cidade. A unidade é a primeira a ser contemplada pelo programa SOS Emergências, lançado anteontem (8) pelo governo federal para qualificar o setor de emergência com a regulação de leitos.
Padilha destacou que, além disso, somente para o Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste, foram chamados 17 anestesistas. Oito deles já se apresentaram à unidade, cujos funcionários fizeram anteontem (8) uma paralisação em alguns setores para protestar contra a falta de profissionais. Os servidores já haviam suspendido as atividades pelo mesmo motivo no dia 24 de outubro.
“Estamos convocando [esses profissionais] para ampliar o serviço de atendimento nessas unidades. Eles serão distribuídos exatamente onde são mais necessários, onde as reformas estruturais que nós fizemos já estão prontas”, disse Padilha.
Para a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio (Sindisprev/RJ) Célia Souza, o anúncio da convocação é fruto da mobilização dos servidores, que vêm pressionando o governo pela ampliação do quadro de funcionários. Ela considerou, no entanto, que o número de médicos é insuficiente para suprir o déficit das unidades.
Segundo Célia Souza, somente no Cardoso Fontes, onde 5 mil pessoas aguardam na fila por cirurgias de diversas especialidades, seriam necessários cerca de mais 90 médicos para prestar um atendimento “minimamente razoável”.
“Essa contratação emergencial vai ajudar a reduzir a fila por cirurgias, mas não resolve o problema porque também sofremos com falta de outros profissionais, como enfermeiros. Temos um quadro grave de envelhecimento dos funcionários, que não são repostos no ritmo necessário”, assinalou ela.
Ainda durante a visita, Padilha ressaltou que desde o começo do ano o governo tem investido na reestruturação dos hospitais federais no Rio. “Estamos investindo R$ 400 milhões em obras nessas unidades, promovemos auditoria em parceria com a CGU [Controladoria-Geral da União] para avaliar os procedimentos e centralizamos a compra dos medicamentos e insumos para garantir o menor preço.”
Fonte Agência Brasil
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