Mais de 250 mulheres apresentaram na quarta-feira queixa no Reino Unido contra as clínicas onde foram submetidas a implantes mamários, os mesmos fabricados em França e suspeitos de causarem cancro.
Segundo a advogada das queixosas, Esyllt Hughes, citada pela agência AFP, mais de metade das mulheres visadas tiveram ruturas de próteses.
Segundo a advogada das queixosas, Esyllt Hughes, citada pela agência AFP, mais de metade das mulheres visadas tiveram ruturas de próteses.
Esyllt Hughes adiantou que as queixosas resolveram processar as clínicas porque o fabricante, a empresa PIP, "está em liquidação judicial".
De acordo com a autoridade britânica do medicamento, 40 mil a 50 mil mulheres têm, no Reino Unido, implantes mamários da marca PIP.
A entidade entende, porém, que não há razão para alarme, uma vez que não existe prova de que as próteses provoquem cancro.
Em França, onde a polémica estalou, as autoridades de saúde poderão exigir, até ao final da semana, a 30 mil mulheres para que retirem os implantes mamários PIP.
A Direcção-Geral da Saúde portuguesa está "a acompanhar" o apelo das autoridades francesas, mas para já não considera existirem motivos para subscrever a medida.
Em Portugal, a autoridade do medicamento tinha, em abril de 2010, mandado suspender e retirar do mercado todos os lotes dos implantes mamários de silicone pré-cheios do fabricante francês.
A empresa, em tempos terceira líder mundial no setor, é visada em França em mais de duas mil queixas.
As próteses PIP apresentam defeitos, suspeitando-se que tenham causado, naquele país, a morte de pelo menos duas mulheres.
Há uma semana, o diretor-geral de Saúde francês, Jean-Yves Grall, admitiu oito casos de cancro "assinalados" entre mulheres com os implantes, sem associar uma relação causa-efeito.
Fonte Destak Portugal
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