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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pesquisa sobre AIDS com participação de hospital de Porto Alegre é considerada maior descoberta científica do ano

Estudo destacado pela revista Science indicou que os antirretrovirais ajudaram a prevenir em 96% dos casos a transmissão do vírus da HIV


A revista norte-americana Science, uma das mais importantes do mundo de divulgação científica, destaca em sua edição de fim de ano o que considerou o maior avanço da ciência em 2011: a descoberta de que o uso de antirretroviral, tratamento aplicado a pacientes portadores de HIV, também pode ser aliado da prevenção porque diminui a transmissão do vírus da AIDS.

A pesquisa foi realizada em 13 pontos no mundo, nos Estados Unidos, na África, na Ásia e na América Latina, sendo dois deles no Brasil: no Instituto de pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC-Fiocruz) do Rio de Janeiro e no Hospital Conceição de Porto Alegre.

Os autores do estudo concluíram que, quando uma pessoa HIV positiva adere a um esquema eficaz de terapia antirretroviral, o risco da transmissão do vírus ao parceiro não-infectado pode ser reduzido em até 96%.

— É a primeira vez que foi demonstrada uma forma concreta e disponível de diminuir a incidência de novos casos de Aids — disse o chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Conceição, Breno Riegel Santos.

Em todo o mundo, mais de 1,7 mil casais foram recrutados para participar do estudo. No hospital gaúcho, participaram 90 casais sorodiscordantes, isto é, aqueles em que apenas um deles é infectado pela doença. Nenhum dos participantes da pesquisa precisava de tratamento imediato e todos receberam acompanhamentos preventivos como orientação para o uso de preservativos.

Eles foram divididos então em dois grupos: metade recebeu uma combinação de drogas antirretrovirais (coquetel) e a outra parte não. O estudo iniciado em 2005 foi interrompido antes do prazo porque os resultados foram claros: houve 28 transmissões do vírus entre os participantes da pesquisa no mundo, sendo que 27 eram do grupo que não recebia medicação.

Fonte Zero Hora

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