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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aprenda a "traduzir" os rótulos dos alimentos

Pesquisa do instituto Nielsen revela que mais da metade dos consumidores não entende nada ou quase nada do que vem descrito nas embalagens

As gorduras boas são as classificadas como insaturadas e se dividem em dois tipos: poli-insaturadas e monoinsaturadas. Os ômegas 3 e 6 são nutrientes saudáveis, encontrados na composição das gorduras poli-insaturadas. Tudo isso está escrito no rótulo dos produtos, mas quem entende as tabelas nutricionais? Uma pesquisa sobre tendências de alimentação, realizada pelo instituto Nielsen com 25 mil pessoas em 56 países, incluindo o Brasil, revelou que 52% dos entrevistados não entende nada ou quase nada do que vem descrito nas embalagens.

— Essa prática ajuda a identificar o perfil do produto durante as compras, só que as pessoas precisam entender o que a tabela nutricional oferece de informação — observa o cardiologista Daniel Magnoni, responsável por uma outra pesquisa, feita pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia para avaliar o grau de conhecimento de pacientes cardíacos sobre o consumo de gorduras.

De acordo com a nutricionista Valéria Uhr, do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, é preciso ficar atento não só ao que significa a classificação nutricional em si — tipos de gorduras e minerais, por exemplo — mas também às quantidades utilizadas no produto.

— O consumidor, quando olha o rótulo, vai direto para o valor calórico, enquanto o teor de sódio do alimento, na verdade, é muito mais perigoso, porque leva à retenção de líquidos, entre outros problemas — explica a nutricionista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que dita as regras de informações nutricionais em embalagens. É obrigatório, por exemplo, apresentar também a medida "caseira" (fatias, unidades, xícaras, colheres de sopa), para facilitar a compreensão. Além da quantidade de cada substância por porção — que é a quantidade média do alimento que deve ser consumida por pessoas saudáveis —, a tabela informa também quanto essa quantidade representa do percentual diário (% VD) em relação a uma dieta de 2 mil calorias.

Circulando pelas prateleiras do supermercado, a nutricionista Valéria Uhr traduz o que está no verso das embalagens para qualquer leigo entender.







Conheça os elementos da tabela nutricional

Veja como age cada nutriente no organismo e confira a necessidade diária de referência, calculada em relação a uma dieta de 2 mil calorias, conforme a Anvisa.

:: Carboidratos — fornecem energia para as células, principalmente do cérebro. Em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral. Necessidade diária: 300g.

:: Proteínas — necessárias para a construção e manutenção de órgãos, tecidos e células. Encontradas proteínas nas carnes, ovos, leites e derivados e também nas leguminosas (feijões, soja e ervilha). Necessidade diária: 75g.

:: Gorduras Totais — referem-se à soma de todos os tipos de gorduras , tanto de origem animal quanto vegetal. Ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. Necessidade diária: 55g.

:: Gorduras saturadas — presente em alimentos de origem animal, como carnes, queijos, leite integral, manteiga, requeijão e iogurte. Se consumidas em grandes quantidades, podem aumentar o risco de doenças do coração. Necessidade diária: 22g.

:: Gorduras trans — encontrada em grande quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, salgadinhos, produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas no preparo. Seu consumo deve ser muito reduzido, pois esse tipo de gordura não é necessário ao organismo — e também prejudica o coração. Necessidade diária: zero.

:: Fibra Alimentar — auxilia no funcionamento do intestino. Está presente em frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. Necessidade diária: 25g.

:: Sódio — presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados, deve ser consumido com moderação, porque pode levar ao aumento da pressão arterial. Necessidade diária: 2.400 mg.

Fonte Zero Hora

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