Um estudo da edição de 2 de junho do New England Journal of Medicine mostra que colher a saliva da boca do recém-nascido com chumaço de algodão pode ser um meio de pesquisa eficaz para detecção da infecção por citomegalovírus, uma causa importante de perda auditiva em crianças.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, a infecção congênita por CMV é a infecção mais comum transmitida de mãe para filho. A cada ano, cerca de uma em 150 crianças nasce com infecção congênita por CMV e uma em cinco desenvolve problemas permanentes como perda auditiva ou problemas de desenvolvimento. Bebês e crianças infectados por CMV após o nascimento nem sempre têm problemas.
Num esforço para encontrar o teste de detecção mais eficaz para infecção por CMV, pesquisadores da Universidade do Alabama, em Birmingham, inscreveram cerca de 35.000 recém-nascidos de sete hospitais no estudo entre junho de 2008 e novembro de 2009. Amostras de saliva retiradas dos bebês que tinham aproximadamente um dia de vida foram comparadas com amostras de sangue seco – método padrão utilizado para detectar infecção por CMV em recém-nascidos. Os pesquisadores encontraram que tanto a saliva líquida quanto as amostras de saliva seca foram precisas na identificação dos bebês nascidos com a infecção (100% e 97,4 %, respectivamente), levando-os a concluir que os testes de saliva "devem ser considerados ferramentas potenciais de detecção de CMV em recém-nascidos".
Aqueles que apresentaram resultado positivo para a infecção por citomegalovírus foram inscritos num programa de acompanhamento para monitorar sua audição a cada seis meses até os 4 anos.
"Agora sabemos que temos um teste com saliva que funciona", diz Suresh Boppana, M.D., um dos pesquisadores da UAB. "O desafio é que, diferentemente da mancha de sangue seco, que já é usada no exame de bebês nos hospitais de todo o país, não temos um sistema estabelecido para a coleta de saliva. Mas mostramos que, caso se deseje examinar grande número de bebês para detecção de infecção por CMV, isso poderá ser feito".
A pesquisa foi patrocinada pelo Instituto Nacional de Surdez e outros Transtornos da Comunicação dos EUA.
Fonte Colgate-Palmolive
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