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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Fábrica francesa PIP vendeu implante salino vetado nos EUA

Uma reportagem especial da agência de notícias Reuters mostra que a empresa francesa PIP (Poly Implant Prothèses) vendeu próteses com enchimento salino --um tipo alternativo ao silicone-- nos EUA, mesmo depois de serem vetadas pela FDA (sigla em inglês de Food and Drug Administration, a agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA).

A PIP está no centro do escândalo mundial de próteses mamárias fabricadas com silicone irregular que apresentam maior propensão de romper.

Nos EUA, todos os implantes feitos com silicone foram banidos entre 1992 e 2006 porque a FDA pediu revisões de segurança. Em 1996, a PIP começou a vender uma linha de implantes salinos naquele país. Em 1999, a FDA decidiu que não havia prova de que o produto fosse seguro. A agência enviou um inspetor à sede da empresa na França, que encontrou múltiplas violações de conduta, concluindo que o produto era adulterado.

Mesmo assim, a MediCor, distribuidora americana do produto, manteve a venda dos implantes até 2002.

Muitos médicos, por sua vez, continuaram a usar os implantes salinos que tinham como substitutos de outras próteses da mesma marca que apresentavam problemas e murchavam.

A FDA confirma que os médicos possuíam autorização para fazer isso para um máximo de 300 mulheres. Os implantes da PIP duravam pouco, porque o revestimento era fino demais.

A FDA pediu à empresa que enviasse cartas a mais de mil cirurgiões pedindo que eles devolvessem implantes PIP que não tivessem sido usados.

Cerca de 1.810 mulheres enviaram reclamações à FDA sobre as próteses salinas da PIP até 2000. Entre 2001 e 2009, foram 201.

Fonte Folhaonline

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