Outras 500 podem se somar a esses pedidos, segundo advogada do caso
Mais de 500 mulheres latino-americanas farão parte da investigação judicial aberta na França por homicídio e danos involuntários contra a empresa que fabricava os implantes mamários defeituosos PIP, segundo informou nesta terça-feira (10) a advogada Marie Alimi.
"A ideia é ir em frente e pedir que a Comissão Europeia nos receba", disse à Agência Efe a advogada, que recebeu a função de defesa da associação de vítimas argentinas.
A associação, liderada por Virgínia Luna, conta com 500 mulheres registradas, e segundo a advogada, foi contatada por outras 500 pessoas que também podem se somar à iniciativa.
As vítimas dos implantes defeituosos, que possuíam um gel industrial no lugar do silicone, esperam ser recompensadas com indenizações ao término do processo judicial aberto em Marselha, sul da França.
Além disso, o escritório de Alimi representará também uma vítima venezuelana que apresentou um recurso de amparo perante a Corte Constitucional de Caracas.
A advogada confia que outras vítimas latino-americanas, especialmente colombianas e brasileiras, sigam os passos das argentinas e participem do processo na França, onde as autoridades sanitárias anunciaram há cerca de um mês que mulheres com os implantes PIP declararam ter câncer.
No entanto, a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos da Saúde declarou que não se estabeleceu nenhum vínculo entre esses casos de câncer e os implantes, retirados na França por seus riscos para a saúde porque podem se romper.
A estimativa é de que cerca de 30 mil pacientes implantaram estas próteses no país. O fundador da empresa fabricante dos implantes Poly Implant Prothèse (PIP), Jean-Claude
Mas, de 72 anos, enfrenta outras duas investigações judiciais por fraude.
Ele reconheceu à Polícia que era consciente de que os implantes não estavam homologados, e que os utilizou para poupar dinheiro porque pensava que não representavam um risco para a saúde.
Após detectar problemas nos implantes, o Governo recomendou às francesas que retirassem as próteses e se comprometeu a pagar a extração, mas só financiará a colocação de novas próteses caso os motivos sejam médicos e não estéticos.
No total, a estimativa é de que entre 400 e 500 mil mulheres tenham esses implantes no mundo todo.
Fonte R7
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