De acordo com profissionais da saúde, problemas de memória, dificuldades para andar e tremores podem surgir a longo prazo
Atualmente, as artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) destacam-se no esporte e têm fãs em todo mundo. No entanto, o público não tem conhecimento dos problemas neurológicos e sequelas que essa modalidade esportiva pode ocasionar.
Frequentes pancadas na região da cabeça podem gerar consequências agudas para o sistema nervoso central, como fraturas, contusões, hemorragias, dissecção carotídea ou trombose. Além disso, pode haver agravamento e desenvolvimento de situações crônicas como a demência pugilística — doença gerada por repetidos golpes —, que, em longo prazo, representa o efeito cumulativo de traumas cranioencefálicos repetidos (TCEs).
— Os repetitivos golpes na cabeça nas lutas podem causar sérios danos na região cerebral e diferentes neurotraumas. O nocaute, por exemplo, significa o desligamento de funções cerebrais — explica o neurocirurgião Miguel Giudicissi, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
Segundo Giudicissi, há vários tipos de sequelas, desde grandes hematomas até pequenas lesões que desligam a conexão entre os neurônios. Além disso, dependendo da localização, os danos podem tornar-se mais graves, que vão da inconsciência até o coma.
— O MMA não é nem um pouco seguro — diz a especialista em traumatismo Renata Areza-Fegyveres.
Segundo Renata, cada soco é um trauma no crânio. A longo prazo, eles podem causar problemas de memória, dificuldades para andar e tremores. Ainda não há estudos sobre o MMA, mas pesquisas britânicas mostram que 57% dos boxeadores com mais de 20 lutas lidam com esses problemas. Uma fatia menor (17%) desenvolve Parkinson ou outras doenças neurológicas mais sérias. Adolescentes precisam ter uma cautela especial.
— O osso está em crescimento. O MMA, por causa do forte contato entre os lutadores, oferece risco — diz o fisioterapeuta Arivan Gomes.
Frequentes pancadas na região da cabeça podem gerar consequências agudas para o sistema nervoso central, como fraturas, contusões, hemorragias, dissecção carotídea ou trombose. Além disso, pode haver agravamento e desenvolvimento de situações crônicas como a demência pugilística — doença gerada por repetidos golpes —, que, em longo prazo, representa o efeito cumulativo de traumas cranioencefálicos repetidos (TCEs).
— Os repetitivos golpes na cabeça nas lutas podem causar sérios danos na região cerebral e diferentes neurotraumas. O nocaute, por exemplo, significa o desligamento de funções cerebrais — explica o neurocirurgião Miguel Giudicissi, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
Segundo Giudicissi, há vários tipos de sequelas, desde grandes hematomas até pequenas lesões que desligam a conexão entre os neurônios. Além disso, dependendo da localização, os danos podem tornar-se mais graves, que vão da inconsciência até o coma.
— O MMA não é nem um pouco seguro — diz a especialista em traumatismo Renata Areza-Fegyveres.
Segundo Renata, cada soco é um trauma no crânio. A longo prazo, eles podem causar problemas de memória, dificuldades para andar e tremores. Ainda não há estudos sobre o MMA, mas pesquisas britânicas mostram que 57% dos boxeadores com mais de 20 lutas lidam com esses problemas. Uma fatia menor (17%) desenvolve Parkinson ou outras doenças neurológicas mais sérias. Adolescentes precisam ter uma cautela especial.
— O osso está em crescimento. O MMA, por causa do forte contato entre os lutadores, oferece risco — diz o fisioterapeuta Arivan Gomes.
Fonte Zero Hora
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