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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Profissionais da saúde alertam lutadores de artes marciais para riscos de dano cerebral

De acordo com profissionais da saúde, problemas de memória, dificuldades para andar e tremores podem surgir a longo prazo


Atualmente, as artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) destacam-se no esporte e têm fãs em todo mundo. No entanto, o público não tem conhecimento dos problemas neurológicos e sequelas que essa modalidade esportiva pode ocasionar.

Frequentes pancadas na região da cabeça podem gerar consequências agudas para o sistema nervoso central, como fraturas, contusões, hemorragias, dissecção carotídea ou trombose. Além disso, pode haver agravamento e desenvolvimento de situações crônicas como a demência pugilística — doença gerada por repetidos golpes —, que, em longo prazo, representa o efeito cumulativo de traumas cranioencefálicos repetidos (TCEs).

— Os repetitivos golpes na cabeça nas lutas podem causar sérios danos na região cerebral e diferentes neurotraumas. O nocaute, por exemplo, significa o desligamento de funções cerebrais — explica o neurocirurgião Miguel Giudicissi, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

Segundo Giudicissi, há vários tipos de sequelas, desde grandes hematomas até pequenas lesões que desligam a conexão entre os neurônios. Além disso, dependendo da localização, os danos podem tornar-se mais graves, que vão da inconsciência até o coma.

— O MMA não é nem um pouco seguro — diz a especialista em traumatismo Renata Areza-Fegyveres.

Segundo Renata, cada soco é um trauma no crânio. A longo prazo, eles podem causar problemas de memória, dificuldades para andar e tremores. Ainda não há estudos sobre o MMA, mas pesquisas britânicas mostram que 57% dos boxeadores com mais de 20 lutas lidam com esses problemas. Uma fatia menor (17%) desenvolve Parkinson ou outras doenças neurológicas mais sérias. Adolescentes precisam ter uma cautela especial.

— O osso está em crescimento. O MMA, por causa do forte contato entre os lutadores, oferece risco — diz o fisioterapeuta Arivan Gomes.

Fonte Zero Hora

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