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terça-feira, 20 de março de 2012

Elastrografia é opção para diagnosticar câncer de próstata

Instituto do Câncer estima que 60 mil novos casos da doença serão registrados no Brasil em 2012

A Organização Mundial da Saúde recomenda que homens a partir dos 50 anos façam exames periódicos para checar a saúde da próstata, pois aumenta o risco de câncer a partir dessa faixa etária. Entre os exames disponíveis estão o toque retal, o PSA (um tipo de exame de sangue), o ultrassom transretal e a biópsia. Mas tumores não identificados por meio de ultrassonografia ou por toque manual, que nem sempre alcança uma lesão mais profunda, podem ser detectados pela eletrografia.

De acordo com a médica Lucy Kerr, especialista em ultrassonografia, a elastrografia tem como princípio avaliar a variação da elasticidade e da dureza dos tecidos, sem a necessidade de uma biópsia.
— Onde há tumor será detectada uma lesão endurecida. Esse enrijecimento é provocado pelo câncer e é detectado independente da profundidade ou do seu tamanho — explica Lucy.

A precisão do exame ajuda na identificação precoce da doença, o que sempre colabora para o sucesso do tratamento, pois evita que o tumor avance para outros órgãos. No entanto, o equipamento para elastrografia não está disponível na rede pública de saúde.

Chances de cura chegam a 90%
A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino situada na base da bexiga, dentro da qual passa a uretra, por onde sai a urina. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que mais de 60 mil novos casos devem surgir no Brasil em 2012. Conforme o urologista Pedro Rozolen Jr., do Hospital São Luiz, com diagnóstico precoce e tratamento adequado as chances de cura são superiores a 90%.

— Quando está confinado à próstata, o tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico, com altas chances de cura. Se a doença se disseminar para fora da próstata seu progresso é lento, porém fatal — afirma o especialista.

Cerca de 10% dos casos de câncer de próstata apresentam base genética. Quando ele ocorre em um parente de primeiro grau, o risco dobra em relação à população em geral.

Na maioria dos casos, os sintomas só aparecem tardiamente na evolução da doença, por isso a importância de se fazer a prevenção e a avaliação para o diagnóstico precoce. Segundo o urologista Rozolen, as medidas preventivas devem começar ainda antes do recomendado pela OMS em caso de história de câncer de próstata na família e para indivíduos da raça negra. A recomendação, nesses casos, é que sejam feitos exames anuais já a partir dos 40 anos.

Fatores de risco
Uma alimentação com base em gordura animal, carne vermelha e cálcio tem sido associada ao aumento no risco de desenvolver câncer de próstata. Já uma dieta rica em vegetais, selênio, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 tem indicado proteção para o desenvolvimento desta doença. Alguns estudos apontam a obesidade como fator de risco para a mortalidade por câncer de próstata. O fator hormonal é bastante importante, pois com a supressão dos hormônios masculinos as chances de crescimento da próstata são maiores. A testosterona não é indutora de câncer, entretanto, em homens com neoplasia ou predisposição ao câncer, a sua diminuição pode estimular o crescimento.

— Baseados em levantamentos epidemiológicos em áreas geográficas de maior incidência de câncer de próstata notou-se que dietas ricas em gordura aumentam os riscos de seu aparecimento. Talvez por interferência no metabolismo dos hormônios sexuais, várias outras substâncias estão sob investigação, como as vitaminas, o cádmio e o zinco — comenta Rozolen.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. De acordo com o Inca, é o sexto tipo mais comum no mundo e o que mais prevalece entre os homens, representando cerca de 10% do total de todos os cânceres.

Fonte Zero Hora

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