De acordo com a publicação, a medida poderá ser tomada por causa dos casos de mortes com suspeita de negligência por parte do hospital
O Cremers (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul) deve pedir a interdição de alguns setores do Hospital Centenário, em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. As informações são da Band.
De acordo com a publicação, a medida poderá ser tomada por causa dos casos de mortes com suspeita de negligência por parte do hospital, que também é investigado por possíveis irregularidades em contratos assinados nos últimos cinco anos.
Em dezembro de 2011, o diretor do corpo clínico do hospital fez uma gravação denunciando uma série de irregularidades. Na conversa com o vice-presidente administrativo do hospital, ele tenta conseguir apoio para denunciar falhas e conversam sobre um suposto superfaturamento de compras.
Exemplos da suposta negligência
Em outubro de 2011 uma mulher de 36 anos chegou ao Hospital Centenário com apendicite e foi diagnosticada com infecção generalizada ao voltar da cirurgia. Depois de aproximadamente dez dias em recuperação, ela passou por outra cirurgia por causa das complicações e ficou 18 dias na UTI. Ela chegou a receber alta, mas retornou ao hospital com outra infecção e pneumonia. Ela entrou em coma induzido e, quatro meses depois do primeiro diagnóstico, morreu.
Em novembro do mesmo ano, um homem de 21 anos foi encaminhado ao Hospital Centenário com uma lesão na perna, causada por um acidente de moto. Neste mês, quase quatro meses depois, o paciente não consegue caminhar, não fala e chegou a entrar em coma.
Na véspera do natal de 2011, a diretora de uma escola, de 38 anos, deu entrada no mesmo hospital com uma indicação para cirurgia para tratar uma torção no intestino. Ela passou pelo procedimento cirúrgico, mas segundo os médicos, nada de anormal foi encontrado. Somente três dias após a cirurgia, o médico vai ao quarto em que ela estava se recuperando e a transfere às pressas para a UTI por causa de uma infecção hospitalar. A pedagoga morreu cinco dias depois.
Em nota, o hospital comunicou que não há provas sobre as denúncias. A promotoria de Justiça, a Polícia Civil, o Tribunal de Contas e o Conselho Regional de Medicina do Estado apuram os relatos de descaso.
Fonte SaudeWeb
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