As dificuldades económicas e o receio de perder o emprego estão a levar os portugueses a faltarem às consultas e exames nos hospitais e centros de saúde. O problema sente-se mais desde o início do ano, altura em que aumentaram as taxas moderadoras, denunciaram ao CM várias fontes ligadas ao sector.
As faltas dos doentes já chegaram ao conhecimento da Ordem dos Médicos. O bastonário, José Manuel Silva, afirmou ao CM que o "aumento das taxas e do custo dos transportes" levou a que cada vez menos doentes compareçam nos hospitais.
No Hospital Garcia de Orta, em Almada, o problema é frequente. A directora clínica, Ana França, revelou ao CM que os doentes já pedem aos médicos para atrasarem a marcação das consultas.
No Hospital Rey-naldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, há mulheres a quem foi diagnosticado cancro da mama que não comparecem na unidade para os exames e tratamentos porque não têm dinheiro para os transportes públicos, afirma a directora do Serviço de Oncologia, Ana Alcazar.
Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral, diz que em cada dez marcações diárias faltam dois doentes.
Fonte do Ministério da Saúde, porém, afirmou ao CM que "não se reconhece nenhuma baixa de consultas, quer por efeito de taxas, quer de preço de transportes". E acrescentou: "Nenhum cidadão fica por atender no SNS, mesmo que não tenha dinheiro para pagar as taxas".
Fonte Correio da Manhã
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