Secretário da Prefeitura de São Leopoldo responde pelo Centenário.Conselho detectou falhas em vistoria realizada na semana passada.
A Prefeitura de São Leopoldo, a 27 quilômetros de Porto Alegre, cogita ir à Justiça para garantir a manutenção do funcionamento do Hospital Centenário, ameaçado de interdição por parte do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), que afirma que o local mantém condições precárias de atendimento. No início da manhã desta terça (20), o secretário geral de governo da Prefeitura, Ibanez Mariano, se reuniu com o prefeito Ary Vanazzi para discutir as medidas que devem ser tomadas para evitar fechar o estabelecimento.
“Se for preciso, tomaremos medidas judiciais”, disse ao G1 Ibanez, que responde pelo hospital.
Uma reportagem da RBS TV expôs as deficiências no atendimento do Centenário. Uma equipe do Cremers realizou uma vistoria no local. Segundo a entidade, foram detectados problemas na estrutura do prédio e nas paredes, além da falta de aparelhos adequados para atendimento e ausência de médicos para o preenchimento de escalas de plantão.
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Cremers decide proibir atendimento no Hospital Centenário, no RS O secretário geral da Prefeitura, no entanto, argumenta que o Cremers não procurou a direção do Hospital e a Prefeitura para relatar problemas no atendimento do Centenário. “Não vamos permitir que este trabalho seja prejudicado, até porque todas as ponderações foram sempre atendidas e encaminhadas. Não tenho como discutir uma informação que não chegou oficialmente até nós”, informou Ibanez.
Ibanez afirma que 90% dos problemas do hospital já estão sendo resolvidos, e acusa o Cremers de “politizar” os debates. “Reconhecemos o Cremers como um órgão importante, mas contestamos a forma como este tema está sendo tratado em período eleitoral”, afirma.
O Cremers argumenta que já foram encaminhados aos gestores do Centenário 10 relatórios decorrentes de outras fiscalizações, alertando para os problemas do hospital. “Estes problemas são velhos conhecidos. Há um ano e três meses nos reunimos com representantes da Prefeitura de São Leopoldo e do hospital para buscar soluções. Pouca coisa foi feita”, disse ao G1 o vice-presidente do Cremers, Fernando Weber Mattos.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) divulgou nesta terça-feira (20) uma nota oficial se manifestando favorável à interdição. O texto acusa a Prefeitura de se recusar a fazer acordos para melhorar as condições do hospital.
Fonte G1
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