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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Criança 'inteligente' tende a faltar menos por doença quando adulto, diz estudo

A habilidade cognitiva na infância tende a impactar as licenças profissionais por motivos de saúde na vida adulta, sugere um estudo britânico divulgado neste mês na publicação BMJ Open.

Feita por profissionais do King's College London, a pesquisa analisou as habilidades cognitivas - capacidade de percepção, raciocínio e memória, por exemplo - de 23 mil pessoas, em amostras de 1946, 1958 e 1970.

O estudo foi feito com base em levantamentos de órgãos estatais britânicos com crianças dessas gerações anteriores, que foram novamente entrevistadas mais recentemente na vida adulta, durante sua idade produtiva.

No grupo de 1946, 47% dos britânicos pesquisados que tiraram licenças médicas de longo prazo (mais de 6 meses) tinham apresentado desempenho cognitivo inferior quando crianças. Em contrapartida, esse número caía para 13% entre o grupo com histórico de melhores habilidades cognitivas.

Essa associação entre baixa cognição infantil e problemas ocupacionais na vida adulta parece ocorrer, segundo os pesquisadores, porque tais indivíduos estão mais propensos a ficarem doentes. Em contrapartida, as pessoas com mais habilidades cognitivas tendem a ser mais flexíveis na busca e manutenção de empregos.

Além disso, dizem os autores, é importante reconhecer que licenças médicas de longo prazo são resultado de um processo, e não de um evento singular.

Empregos inseguros
Nos três grupos, a baixa habilidade cognitiva estava mais fortemente associada com licenças médicas de longo prazo. O baixo desempenho educacional pode levar o indivíduo a buscar empregos mais inseguros ou manuais, que podem ser mais difíceis de serem mantidos no caso de uma incapacidade.

Mas o próprio estudo ressalta que o desempenho educacional não explica totalmente essa associação. E adverte que o resultado pode ser afetado pelas qualidade da mensuração da habilidade cognitiva infantil à época dos levantamentos originais.

Ao mesmo tempo, o estudo parte do princípio de que os fatores de riscos individuais - e não apenas ocupacionais - são pouco estudados quando se trata de licenças médicas tiradas pelos profissionais. E aponta que essas licenças, além de terem um elevado custo econômico para a sociedade, colocam indivíduos em posição de "pobreza e desvantagem social".

Sendo assim, os pesquisadores sugerem políticas que não foquem apenas em saúde ocupacional dos profissionais, mas também em treinamentos
exigidos pelo mercado de trabalho, para prevenir contra o risco de licenças médicas longas.

Fonte Folhaonline

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