Presente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, a empresa trata com a tecnologia de esterilização por autoclave 97% do total de 5,4 mil toneladas de lixo geradas pelos seus 4,1 mil clientes
Nem todos os municípios brasileiros consideram a extrema importância de tratar o lixo hospitalar, que engloba os rejeitos de hospitais, clínicas, postos de saúde, consultórios dentários, laboratórios e unidades veterinárias. Na região Norte e Nordeste, por exemplo, é grande a quantidade deste tipo de resíduo que não passa por tratamento adequado. Mas este cenário em breve mudará compulsoriamente. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em 2010, determina que todo e qualquer resíduo final proveniente de unidades de saúde precisará ser devidamente manejado a partir de 2014.
É nessa onda de oportunidade de negócios que pretende navegar nos próximos anos a Sterlix Ambiental, empresa que atua na gestão de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final de resíduos de serviços de saúde. A vencedora do prêmio Top Hospitalar 2011 na categoria indústria de serviço, na subcategoria resíduos, planeja abrir novos mercados em localidades como Piauí, onde esse tipo de serviço ainda não é oferecido. “Estamos com mais dois projetos de expansão em andamento. Um provavelmente se inicia ainda em 2012 e outro para meados de 2013. Ambos fora do Sudeste”, revela o diretor comercial da companhia, Roberval Bichara Battaglini.
Presente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, a empresa trata com a tecnologia de esterilização por autoclave 97% do total de 5,4 mil toneladas de lixo geradas pelos seus 4,1 mil clientes espalhados em 91 municípios. Apenas os resíduos químicos e farmacêuticos é que são incinerados.
O executivo da companhia explica que a estratégia atual é buscar mercados virgens, especialmente capitais de Estados ainda não atendidos por nenhuma empresa. “ Quando entramos no mercado, em 2000, as principais capitais já estavam com atendimento. De três anos para cá é que começamos a buscar projetos maiores”, diz Battaglini, que ainda conta que em 2011 a Sterlix obteve crescimento de 10,5% e que, por conta da abertura da nova afiliada em Teresina (PI) o resultado neste ano deve ser ainda melhor.
Fundada em 1999, em Recife (PE), a Serquip, também finalista da categoria, mudou de nome e marca desde que foi adquirida pela líder mundial do setor, a empresa americana Stericycle. Com mais de 15 mil clientes no Brasil, a companhia registrou expansão de 20% no ano passado e prevê crescimento de dois dígitos também para este ano. O diretor-geral da empresa, Alexandre Menelau, acredita que a nova política de resíduos sólidos trará estabilidade para o mercado. “Era exatamente isso que faltava. Há um tempo, cada Estado fazia sua própria legislação e seguia sem rumo. Faltava uma regulamentação nacional”, opina.
Presente em 10 Estados e contando com o braço financeiro da matriz norte-americana, a companhia está focada em crescer por meio de aquisições de pequenas empresas espalhadas pelo território nacional. “Montamos estruturas para atender todo o Estado e não somente a capital”, explica Menelau, que ainda afirma ser necessário definir regulações específicas para Estados e municípios a fim de alavancar ainda mais este segmento.
A Vanlix Lixo Ambiental, outra finalista da categoria, optou por não participar desta reportagem.
Fonte SaudeWeb
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