Treze pessoas foram presas pela Polícia Federal no domingo (27), em Porto Velho (RO), sob suspeita de integrar ou pagar a uma quadrilha que venderia respostas de um vestibular de medicina de uma faculdade privada.
O grupo era de Goiás e atuava em diversos Estados, cobrando entre R$ 20 mil e R$ 150 mil, segundo a PF. As respostas eram repassadas por celular, em mensagens de texto codificadas.
O nome dos envolvidos não foi divulgado. Uma menor de idade foi liberada.
Quatro "cabeças" da quadrilha foram levados ao presídio estadual, segundo o superintendente da PF no Estado, Donizetti Tambani. Os demais tiveram a possibilidade de sair mediante fiança --em torno de R$ 1.000.
Entre eles, havia candidatos ao vestibular da Faculdade São Lucas e membros do esquema que tentavam resolver a prova rapidamente para passar as respostas, diz Tambani. Alguns usaram documentos falsos para se passar por candidatos inscritos.
Os alvos da Operação Panaceia são médicos, advogados, universitários e filhos de médicos, de servidores públicos e de uma magistrada de Goiás, divulgou a PF.
Eles responderão por formação de quadrilha, falsificação de documento público e fraude em processo seletivo, entre outros crimes.
Tambani afirma que as investigações poderão apontar novos suspeitos que fizeram a prova no domingo.
O vestibular teve 20 candidatos para cada uma das 100 vagas de medicina.
A Faculdade São Lucas declarou em nota que colaborou com as investigações e que a "lisura do processo seletivo" não foi prejudicada, porque a PF atuou antes da realização da fraude.
Em março, policiais federais prenderam em sete Estados membros de uma outra organização que fraudava vestibulares de medicina.
Fonte Folhaonline
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