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terça-feira, 29 de maio de 2012

Baixa nos estoques de bancos de sangue da capital paulista começa a ser revertida, mas situação ainda preocupa

São Paulo – Após um período crítico de falta de doadores de sangue, que forçou, inclusive, o adiamento de algumas cirurgias na capital paulista, a situação dos bancos de sangue começa a melhorar no estado. Na Fundação Pró-Sangue, por exemplo, que abastece 128 hospitais da capital e região metropolitana de São Paulo, o número de doadores mais que dobrou na semana passada e passou de 230 para cerca de 500 por dia.

Segundo a entidade, os alertas sobre a redução dos estoques de sangue, emitidos pela Secretaria de Estado da Saúde e pelo Ministério da Saúde, colaboraram para o aumento das doações na última semana.

Os dados do ministério mostram que, com a aproximação do inverno e das férias de julho, as doações caem de 20% a 25%. Nas últimas semanas, os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do Sul tiveram as maiores quedas nas doações, com redução de até 40%, de acordo com o ministério.

Na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a redução levou ao cancelamento de cirurgias eletivas. “Cirurgias que não eram de urgência tiveram que ser adiadas na semana retrasada. Estávamos com um estoque de apenas 30% de bolsas de sangue”, explicou o coordenador do Hemocentro, Dante Mário Langhi, que não soube informar quantas cirurgias foram canceladas ao todo. Segundo Langhi, hoje, a situação é melhor, mas os níveis de estoque ainda estão 30% abaixo do que é ideal.

Atualmente, o número de doadores na Santa Casa varia de 150 a 180 pessoas por dia, quando o ideal seria de 230 a 250 para atender nove hospitais da capital e região metropolitana. Há cerca de duas semanas, o número foi ainda menor, chegando a apenas 60, no máximo 70, doações diárias. De acordo com Langhi, a queda na temperatura, no final de abril e início de maio, pode ter sido um dos fatores para a diminuição das doações, tendo em vista que as pessoas saem menos de casa nos períodos de frio.

Segundo Selma Soriano, hematologista e hemoterapeuta da Pró-Sangue, a situação melhorou, mas é necessário manter a média atual de 450 a 500 doações por dia para que os estoques dos hospitais atendidos pela fundação na capital e região metropolitana não entrem em colapso. De acordo com a médica, o estoque dos tipos sanguíneos O positivo e O negativo está em estado de alerta, com bolsas suficientes para dois ou três dias. O tipo A negativo também está em alerta, mas já se aproxima de estado crítico, quando o estoque seria suficiente para somente um ou dois dias. Os demais tipos sanguíneos estão em um nível ideal, que corresponde ao período de uma semana.

Há duas semanas, o estoque do tipo A positivo, por exemplo, chegou ao nível de emergência, não sendo suficiente para mais de 24 horas. Apesar da baixa, nos hospitais atendidos pelo Hemocentro, não foi necessária a remarcação de cirurgias eletivas. Também houve adiamento de cirurgias em hospitais atendidos pela fundação. “Tivemos que postergar alguns procedimentos que não eram de urgência. O paciente ficava internado por um ou dois dias aguardando um melhor nível do estoque de sangue”, explicou Soriano.

Qualquer pessoa com peso acima de 50 quilos e idade entre 18 e 67 anos pode doar sangue. No momento da doação, é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional. O Ministério da Saúde orienta que os doadores não estejam em jejum, façam um repouso mínimo de seis horas na noite anterior à doação, não tomem bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores, evitem fumar por duas horas antes da doação e evitem alimentos gordurosos nas três horas antecedentes.

Fonte Agência Brasil

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