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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Após 13 anos, EUA voltam a liberar droga inibidora de apetite

Após 13 anos sem aprovar novos remédios para a obesidade, a FDA (agência que regula medicamentos e alimentos nos EUA) liberou ontem a comercialização do Belviq (cloridrato de lorcaserina).

Fabricado pela Arena Pharmaceuticals, o remédio age ativando um receptor de serotonina no cérebro, o 2C. Esse mecanismo colabora para a diminuição do apetite e para a sensação de saciedade após as refeições.

O cloridrato de lorcaserina foi aprovado para pacientes com sobrepeso e obesos, com IMC (índice de massa corporal) a partir de 27 e pelo menos uma complicação ligada ao excesso de peso, como pressão alta e diabetes.

Estudos viram que usuários do remédio tiveram perda média de 3,7% do peso.

Ou seja, alguém com 100 kg conseguiria emagrecer, em média, menos de 4 kg.

"É uma perda modesta. Sem dúvida, entre as opções que eles tinham para aprovar, a locaserina é a que menos emagrecia", avalia Rosana Radominski, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).

Segundo ela, porém, mesmo com o emagrecimento pouco expressivo, o remédio pode ser benéfico para alguns pacientes, uma vez que ele ajuda a controlar problemas associados à obesidade, como pressão alta e complicações metabólicas.

O novo remédio não deve ser usado por grávidas e, em combinação com alguns remédios, como certos antidepressivos, pode causar sérios efeitos adversos.

"O Belviq também pode causar distúrbios de atenção ou memória", diz a FDA.

A última droga contra a obesidade aprovada pela agência havia sido o Xenical, da Roche, em 1999. Um dos efeitos colaterais da droga é o excesso perceptível de gordura eliminada nas fezes.

"A FDA demora mais a aprovar as drogas contra a obesidade porque há uma série de exigências muito rígidas contra os efeitos colaterais. Afinal, esses medicamentos agem no sistema nervoso central", diz Rosana.

Com a maior população de obesos do planeta, os Estados Unidos estão enfrentando uma pressão grande para a liberação de novas drogas contra o distúrbio.

Fonte Estadão

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