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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Substância tóxica encontrada em planta do Mediterrâneo mata células do câncer

Droga experimental à base de tapsigargina eliminou tumores em camundongos sem causar efeitos colaterais

Uma substância química tóxica encontrada em uma planta do Mediterrâneo pode ser a base de uma nova droga capaz de tratar o câncer.

A pesquisa, descrita na revista Science Translational Medicine, mostra que a planta Thapsia garganicacontém tapsigargina, um produto químico extremamente tóxico que mata as células cancerosas.

A substância trabalha bloqueando uma proteína chamada SERCA, que ajuda as células a controlar seus níveis internos de cálcio. Isso torna a tapsigargina tóxica para ambas as células em divisão e aquelas em período de repouso, ao contrário das drogas atuais contra o câncer que têm como alvo apenas as células que estão se dividindo rapidamente.

Em teoria, isso significa que medicamentos à base de tapsigargina poderiam atacar cânceres de crescimento lento assim como as células-tronco cancerosas que são resistentes aos tratamentos e que ativam a progressão da doença.

Para o trabalho, pesquisadores da Johns Hopkins University School of Medicine demonstraram que uma droga experimental baseada em tapsigargina é capaz de tratar tumores em camundongos e parece ser relativamente não tóxica.

Para criar a droga experimental, Samuel R. Denmeade e seus colegas modificaram tapsigargina por meio de uma ligação com uma molécula à base de proteínas chamada peptídeo, eliminando sua toxicidade.

O peptídeo é concebido para ser removido por uma segunda proteína, conhecida como PSMA, encontrada em concentrações elevadas na superfície de muitos tipos diferentes de câncer.

Isto significa que, quando o peptídeo ligado a thiapsigargin entra em contato com as células cancerosas com PSMA, ele é removido e thiapsigargin mata as células de forma imediata.

A abordagem pode ser útil para o uso conjunto com outros tratamentos, no entanto, os pesquisadores ressaltam que ela ainda precisa ser testada em ensaios clínicos de grande porte.

A técnica está atualmente sendo testada em 28 pacientes nos Estados Unidos que têm câncer avançado, para saber mais sobre sua toxicidade. Estudos mais amplos vão ser planejados, caso este seja bem sucedido.

Fonte isaude.net

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