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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dietas que ajudam o coração

Dieta mediterrânea: menos peso e mais saúde
Estudo aponta três regimes como eficazes para reduzir a obstrução de artérias

Uma dieta pobre em carboidratos, outra com baixo teor de gordura e uma terceira mediterrânea. Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel, estudaram por dois anos os efeitos destas três opções de alimentação e descobriram que todas são igualmente eficazes no combate à aterosclerose – doença lenta e progressiva, caracterizada pela formação de placas de gordura e pelo endurecimento das paredes das artérias, o que aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

O estudo, publicado na mais recente edição da revista Circulation, da Associação Americana do Coração, é um dos primeiros a mostrar o potencial da perda de peso como estratégia de modificação do estilo de vida para melhora da pressão arterial e da aterosclerose, dois grandes benefícios para o sistema cardiovascular.

A equipe de pesquisa comparou as três dietas entre participantes voluntários com excesso de peso – principalmente homens, que têm mais risco de desenvolver aterosclerose. Depois de dois anos, observou-se uma regressão média de 5% no volume da parede da carótida e uma diminuição de 1,1% na espessura da artéria carótida. Comparado aos participantes que tinham o volume da parede da carótida aumentado, os voluntários que tiveram redução obtiveram outras melhorias: maior perda de peso, diminuição dos níveis de pressão arterial sistólica e um amumento da apolipoporteína A1 (Apo A1), o principal componente do colesterol do bem, o HDL.

Segundo a autora do estudo, Iris Shai, os resultados mostram que, além do tratamento com remédios, é possível usar a dieta como estratégia de modificação de estilo de vida para prevenir a aterosclerose. Eles acrescentam também que os resultados do estudo indicam que foi a perda de peso – e não os componentes saudáveis das diferentes dietas – a responsável pela melhora na saúde cardiovascular.

Os pesquisadores estudaram 140 pessoas. Foram 88% de homens, com idade média de 51 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 30,4 kg/m2, aleatoriamente designados para um dos três tipos de dieta. Os médicos deram medicação redutora de lipídios para 26% deles (incluindo estatinas para 20% deste grupo) e um terço dos participantes tomava medicação para redução da pressão. Todos seguiram com seus tratamentos ao longo do estudo.

A cada três meses os voluntários tinham medida sua pressão arterial. No início, aos seis meses e ao completar 24 meses de estudo, os participantes doaram amostras de sangue para a realização de testes que medem marcadores biológicos, como os níveis de Apo A1. No início e ao fim do estudo os pesquisadores usaram ultra-som para captar imagens tridimensionais da parede da artéria carótida e para medir as variações de espessura arterial dos participantes.

Ao longo do estudo os voluntários mantiveram diários alimentares e responderam periodicamente a questionários sobre sua dieta. Embora os déficits calóricos fossem semelhantes nos três grupos, a ingestão de carboidratos, fibras, colesterol e gorduras saturadas e monoinsaturadas variou dependendo do tipo de dieta. As variações na ingestão de nutrientes, no entanto, não implicaram em diferenças significativas nos resultados.

"A ingestão reduzida de calorias é provavelmente o maior determinante da perda de peso, mas o conteúdo de cada dieta determinou a satisfação dos participantes com sua alimentação e as alterações metabólicas associadas à perda de peso", disse Yaakov Henkin, MD, co-autor do estudo e cardiologista do Centro Médico da Universidade de Soroka, também de Israel.

Fonte iG

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