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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Estudo aponta vilões da contaminação em hotéis. Controles da TV encabeçam lista

Os resultados mais preocupantes foram os níveis de contaminação detectados em ferramentas utilizadas pelas equipes de limpeza

Estudo realizado pela University of Houston coloca os controles remotos de televisão entre as superfícies mais contaminadas em quartos de hotel. A pesquisa foi apresentada, neste domingo (17), na edição 2012 do General Meeting of the American Society for Microbiology.

Embora algumas das amostras mais contaminadas, incluindo o banheiro e sua pias, já fossem condições esperadas, eles também encontraram altos níveis de contaminação bacteriana no interruptor da luz da cabeceira das camas. Mas o resultado mais preocupante do estudo foram os altos níveis de contaminação detectados em algumas ferramentas utilizadas pelas equipes de limpeza, incluindo esponjas e esfregões. De acordo com os pesquisadores, isto representa um sério risco para a contaminação cruzada de quartos. Com menor índice de contaminação estão a cabeceira da cama, as hastes das cortinas e a maçaneta da porta do banheiro.

"Os donos de hotéis têm a obrigação de fornecer aos seus clientes um ambiente limpo e seguro. Mas, atualmente, as práticas de manutenção variam muito de acordo com o hotel, com pouca ou nenhuma padronização. O método utilizado para medir o nível de limpeza de um quarto de hotel ainda é a avaliação visual," diz Katie Kirsch, estudante de graduação da University of Houston e uma das responsáveis pela pesquisa.

Com a preocupação cada vez maior da sociedade pelas questões de saúde pública, a limpeza de um quarto é um dos fatores mais preponderantes na hora de escolher o hotel. "Atualmente, uma funcionária limpa entre 14 e 16 quartos por turno de 8 horas, gastando aproximadamente 30 minutos em cada um. A identificação dos itens de maior risco de contaminação dentro de um quarto de hotel permitirá que os gerentes de manutenção possam projetar práticas de limpeza e alocar tempo das equipes, reduzindo os riscos de contaminação microbiana," diz Kirsch.

O estudo é o primeiro passo na aplicação da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP da sigla em inglês) para limpeza do quarto do hotel. Originalmente desenvolvido pela National Aeronautics and Space Administration, HACCP é uma abordagem preventiva que identifica potenciais riscos químicos, físicos e biológicos e a padronização de processos para reduzir esses riscos a níveis seguros.

A equipe da University of Houston, em conjunto com pesquisadores da Purdue University e da University of South Carolina analisaram várias superfícies de quartos de hotéis no Texas, Indiana e Carolina do Sul. Em cada um foram testados os níveis de bactérias aeróbias totais e contaminação por coliformes fecais nestas superfícies.

Kirsch adverte que este estudo é preliminar e está limitado pelo tamanho da amostra, que incluiu apenas três quartos em cada estado e 19 superfícies dentro de cada quarto, mas espera que este seja apenas o começo de um levantamento que possa oferecer uma base científica para padronização da limpeza nos quartos de hotéis.

"As informações resultantes desse estudo podem ajudar os hotéis a adotarem uma abordagem pró-ativa para reduzir os riscos potenciais do contato com superfícies dentro de quartos e proporcionar uma base para o desenvolvimento de práticas de manutenção mais eficazes e eficientes," completa.

Fonte R7

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