Nanopartículas feitas à base de selênio impedem propagação da bactéria S. aureus em cateteres e tubos endotraqueais
Cientistas dos Estados Unidos criaram um revestimento feito com nanopartículas de selênio capaz de controlar o crescimento das bactérias Staphylococcus aureus em dispositivos implantáveis como cateteres e tubos endotraqueais.
Os resultados mostraram que a abordagem reduzir a propagação bacteriana após 24, 48 e 72 horas em pedaços de policarbonato, material usado no cultivo de dispositivos médicos.
"Nós queremos impedir as bactérias de gerar um biofilme. Os biofilmes são notoriamente difíceis de tratar porque são capazes de resistir a antibióticos. Quanto mais tempo pudermos retardar ou inibir a formação destas colônias, mais provável que o sistema imune combata a infecção. Colocar selênio nos dispositivos implantáveis poderia aumentar o tempo de uso desses equipamentos", afirma o autor sênior da pesquisa Thomas Webster, da Brown University.
Webster vem investigando nanopartículas de selênio há alguns anos, principalmente para os possíveis efeitos anticancerígenos. Quando ele começou a olhar para as propriedades antibióticas, decidiu investigar maneiras de reduzir os biofilmes bacterianos que se formam em implantes médicos.
Para o estudo atual, Webster e Qi Wang cultivaram nanopartículas de selênio de várias faixas de tamanho e, em seguida, utilizaram essas soluções para revestir pedaços de policarbonato, usando um processo simples e rápido.
Os pesquisadores usaram microscópios para medir a concentração de nanopartículas e sua exposição com as bactérias. Eles descobriram que as nanopartículas menores aderem melhor ao policarbonato do que as maiores.
Em seguida, eles realizaram testes com bactérias estafilococos cultivadas em pedaços de policarbonato, algumas das quais foram deixadas sem revestimento como grupo controle.
Os resultados mostraram que o revestimento de selênio foi eficaz em reduzir o crescimento da população bacteriana após 24, 48 e 72 horas em comparação com os controles não revestidos.
Os efeitos mais potentes, reduções maiores do que 90% ao fim de 24 horas e 85% depois de 72 horas, foram derivados de revestimentos com nanopartículas de tamanhos variados.
De acordo com Webster, o próximo passo é realizar testes em animais. "Tais experimentos in vivo vão avaliar a eficácia dos revestimentos de selênio em um contexto onde as bactérias têm mais alimento disponível, mas também enfrentam uma resposta do sistema imunológico", conclui o pesquisador.
Fonte isaude.net
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