Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 22 de junho de 2012

UFMG desenvolve diagnóstico simplificado de tipo mais severo da asma

Técnica que auxília no tratamento da doença é considerada pouco invasiva e com resultados mais seguros

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFMG desenvolveram uma técnica que simplifica o diagnóstico da asma. Estudo atesta aplicabilidade de técnica para o auxílio no diagnóstico do tipo mais severo da doença, a Asma de Difícil Controle (ADC). Método é considerado pouco invasivo e com resultados seguros.

Inédita no Brasil, a pesquisa realizada pela fisioterapeuta Cristiane de Abreu Tonelli Ricci, comprovou a tolerabilidade, segurança e a alta taxa de sucesso por meio do " escarro induzido" , modalidade que auxilia o diagnóstico que permite detectar a chamada " Asma de Difícil Controle" . Esta forma de asma está relacionada a uma alta taxa de crises, múltiplas internações e até mortes, sem contar a baixa qualidade de vida do paciente e de sua família.

Quem apresenta sintomas característicos de asma deve se submeter a técnicas bastante invasivas para alcançar um diagnóstico confiável. Até alguns anos atrás, fazia-se uma biópsia com anestesia geral; atualmente, o paciente deve ingerir e aspirar soro fisiológico, numa ação que resulta em grande incômodo.

A técnica
Realizada em ambulatório, a técnica consiste na indução e produção de secreção pulmonar por meio de um nebulizador. O paciente inala um remédio que dilata os brônquios, ou seja, abre a via pulmonar, com uma solução de sal e água. Uma vez produzido o escarro, a amostra de células dos pulmões é levada para laboratório e analisada por um técnico e pelo médico patologista, permitindo, assim, iniciar o tratamento adequado ao tipo de inflamação.

" Este método, apesar de já ter sido estudado em pesquisa inglesa, analisando pacientes jovens com esse tipo de asma e já ser conhecido há vários anos, ainda não era utilizado no Brasil, em crianças e adolescentes com ADC" , afirma a autora. Por isso, mais do que comprovar a eficácia do escarro induzido, sua ideia era propor que ele fosse adotado na assistência aos pacientes com ADC e não apenas em pesquisas.

Resultados
Segundo Cristiane, nenhuma das 18 crianças submetidas ao método, no Centro Multidisciplinar para Pacientes com Asma de Difícil Controle (CEMAD) do Hospital das Clínicas da UFMG, desenvolveu sintomas graves durante o tratamento. Houve benefício também para o tratamento da asma: com o diagnóstico do tipo da célula inflamatória, foi possível adequar a medicação e trazer melhor qualidade de vida para os pacientes e seus familiares. " Eles aumentaram a frequência nas aulas, passaram a tirar boas notas e se integraram mais nos círculos sociais. Antes, poucos praticavam esportes, como jogar futebol. Hoje, uma das nossas pacientes do CEMAD está sendo tratada e corre regularmente" , conta.

Outros ganhos da pesquisa foram a implantação da técnica no ambulatório do Hospital das Clínicas da UFMG e a demonstração de que, nos pacientes com Asma de Difícil Controle, existem vários tipos de células inflamatórias, assim, o tratamento deve ser individualizado para cada criança ou adolescente.

Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário