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quinta-feira, 5 de julho de 2012

3 dicas para lidar com o excesso de informação e manter-se criativo

Por Roberto Cardoso

A grande quantidade de dados no ambiente de trabalho vem desencadeando um distúrbio de foco entre os profissionais, o chamado Déficit de Atenção Organizacional. Veja como lidar com isso

Hoje, vivemos a era da informação. Mas ninguém mais dá conta de tanta informação!

Além da TV, do rádio, dos veículos impressos e dos computadores “clássicos”, notebooks, netbooks, tablets, smartphones, e outros recursos que também fazem parte do dia-a-dia profissional, nos abarrotam de dados, sejam bons ou ruins, necessários ou desnecessários.

Para se ter uma ideia, estima-se que de uma década para cá a humanidade gera em apenas um ano milhares de vezes mais informação do que todas as civilizações que já existiram sobre a Terra.

O que acontece é que, apesar do crescimento vertiginoso da tecnologia que nos traz informações, a nossa capacidade de absorvê-la e de lidar com ela permanece a mesma. Temos a mesma composição genética e estrutura cerebral dos nossos tataravôs, ou seja, temos um limite humano para absorver e lidar com as informações.

Quais as consequências disso? Várias. Uma, é o stress! A outra, explicamos abaixo;

Existe um problema que se chama déficit de atenção do adulto, onde há certa tendência genética a regular mal o funcionamento de uma área do cérebro chamada região pré-frontal.

Você esquece coisas com frequência? Distrai-se com facilidade? Tem dificuldade em se ligar a atividades que exigem atenção? Não consegue ficar com o corpo parado? Tem dificuldade de prestar atenção a alguém falando com você? É desorganizado? Estes são alguns sintomas do déficit de atenção do adulto.

Parece que a torrente de informações no ambiente de trabalho chegou a tal montante que alguns estudiosos creem que existem adultos com déficit de atenção relacionado especialmente ao trabalho. Esta nova entidade, que vem sendo chamada de Déficit de Atenção Organizacional.

O que fazer, então? Viramos índios? Continuamos assim até enlouquecermos? Claro que não. Existem outras saídas e vamos falar aqui de três delas.

1. Seleção
A primeira coisa é saber filtrar o que ler, ver ou ouvir. Um médico pode ser ajudado sabendo de uma nova epidemia que surgiu em alguma região do país, mas para que lhe serviria conhecer a melhor técnica de confeitar bolos? Um doceiro ficaria melhor lendo sobre a nova técnica de confeitar, mas de que lhe serviria conhecer em profundidade os detalhes da epidemia que agora é notícia? Saber filtrar o que é essencial, o que é útil e o que é só curiosidade, pode ser o primeiro passo para resguardar sua saúde mental.

Além disso, muitas vezes, não é nem necessário saber todas as coisas da própria profissão. Basta você conhecer as mais comuns, e quando quiser se informar sobre outros detalhes, saiber onde buscar a informação. E seu problema estará resolvido.

2. Pausas mágicas
Sabe quanto tempo você perde por ser interrompido por alguém no seu trabalho? Bem, segundo Victor González e Gloria Mark, no ambiente da tecnologia de informação alguém lhe interrompe a cada 11 minutos! Isso sem falar no smartphone despejando torpedos e e-mails numa frequência intolerável para a eficiente produção.

Simplesmente não há como produzir assim! Por isso, se você precisa criar, aprimorar ou inovar, deve haver momentos no decorrer do dia – pelo menos uns dois períodos de 90 minutos cada – onde você não seja interrompido. Nesses pequenos períodos, feche a porta, não veja e-mails, desligue o celular e combine com todos para não lhe chamarem.

3. Meditação
Meditar ajuda a relaxar, a manter a atenção, a dormir melhor, além de trazer vários outros efeitos positivos para o praticante. Porém, outro efeito importante desse método é a capacidade de ‘desligar’ a mente pensante por alguns minutos. Essa prática traz um enorme descanso mental, melhora a performance, aumenta a produtividade e, além disso, nos dá um ‘refresco’ das gigantescas ondas de informação que nos bombardeiam diariamente. Ela é tão relaxante para a mente, que reduz mais o consumo de oxigênio cerebral do que o sono.

Medite, e encontre um lugar dentro de si que sempre esteve lá, mas que o tsunami diário de informações lhe impedia de conhecer.

Ter acesso a informações é uma benção. Mas saber lidar com elas é uma ação de saúde. Em alguns casos, até de sobrevivência.

*Dr. Roberto Cardoso, coordenador do Programa de Medicina Comportamental do FEMME Laboratório da Mulher

Por SaudeWeb

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