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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Maior concentração de vitamina D no organismo reduz risco de infecção hospitalar

Substância reforça a resposta imune de pacientes e supera resistência de bactérias encontradas em hospitais a antibióticos

Aumentar as concentrações de vitamina D no organismo dos pacientes pode reduzir o risco de adquirir infecções hospitalares. É o que mostra estudo publicado na revista Dermato-Endocrinology.

Infecções adquiridas em meio hospitalar (IACS) estão entre as principais causas de mortes em hospitais e clínicas e aumentam os gastos de saúde.

Os pacientes muitas vezes são deficientes em vitamina D uma vez que muitas doenças como câncer, doenças cardiovasculares e infecções respiratórias estão relacionadas a baixas concentrações de vitamina D.

A pneumonia é a infecção mais comum, seguida por bacteremias, infecções do trato urinário, infecções de sítio cirúrgico e sepse.

A vitamina D desempenha um papel antimicrobiano importante. Entre ele está a redução de respostas inflamatórias locais e sistêmicas como resultado da modulação das respostas das citocinas, a redução do receptor Toll-like e o estímulo da expressão de potentes peptídeos antimicrobianos, tais como catelicidina e ß-defensina 2.

Catelicidinas são uma família de peptídeos que criam uma barreira inata de defesa contra uma variedade de agentes patogênicos microbianos potenciais, tais como bactérias gram-positivas e gram-negativas e fungos em múltiplos locais de entradas, incluindo a pele e o revestimento da mucosa respiratória e do sistema gastrointestinal.

Uma das vantagens da vitamina D no combate a IACS é que ela reforça a resposta imune, superando assim a resistência de muitas bactérias encontradas em hospitais a antibióticos.

Concentrações ótimas de vitamina D são, pelo menos, 30 a 40 ng / ml (75-100 nmol / l). A média da população branca americana é de 26 ng / ml, enquanto a média afro-americana é apenas 16 ng / ml.

As concentrações de vitamina D têm caído nos últimos 20 anos, em parte devido ao pouco tempo gasto em exposição ao sol. Cerca de metade dos internados em hospitais apresentam concentrações abaixo de 20 ng / ml, tornando-os mais suscetíveis a infecções hospitalares.

Segundo os pesquisadores, aumentar as concentrações de vitamina D iria reduzir a taxa de doenças cardiovasculares e infecções respiratórias, reduzindo assim a taxa de admissões hospitalares, bem como o número de infecções adquiridas em meio hospitalar.

A equipe acredita que os hospitais poderiam superar a deficiência de vitamina D entre os pacientes internados por meio da recomendação de altas doses de cápsulas de vitamina D3 (5.000 e 50.000 UI) aos pacientes.

Fonte isaude.net

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