Aeronaves não tripuladas são usadas no combate ao terrorismo nos países em amarelo Foto: Editoria de Arte / Zero Hora |
Milícia radical quer vetar imunização contra a doença por causa de operações militares no norte do Paquistão
Herança do programa de combate ao terrorismo do governo de George W. Bush, Barack Obama investiu e usou com intensidade a mais precisa máquina de matar já desenvolvida pelos Estados Unidos: os drones.
Agora, o uso desenfreando dessas aeronaves não tripuladas é criticada pela ONU e volta para cobrar seu preço em vidas inocentes: os talibãs ameaçam proibir a vacinação contra a pólio na fronteira do Paquistão com o Afeganistão se os EUA não pararem com esse tipo de ataque.
Com a decisão de reabrir as rotas de abastecimento vitais para a Otan no Afeganistão, que estavam fechadas desde novembro, Islamabad deu um passo na terça-feira na tentativa de retomar as relações Washington – estremecidas com desde a morte de Osama bin Laden e desde que a Otan bombardeou e matou por engano 24 soldados de Paquistaneses em novembro.
A pólio, também conhecida como paralisia infantil, foi erradicada na maior parte de mundo, mas permanece um fardo nas áreas mais pobres do planeta, justamente como na região do Waziristão do norte, onde costumam ocorrer a maior parte dos ataques.
Por mais que a chantagem possa ser um blefe, o grupo talibã é lembrado por um série imposições reacionárias, como impedir as mulheres de trabalhar e, nos casos mais graves, decepar os dedos das que se atreveram pintar as unhas das mãos. A ameaça, portanto, mesmo que ao custo do próprio povo, é séria.
Na arena internacional, a ONU expressou preocupação com o que classifica de “execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias em zonas de conflito”, com as execuções deliberadas cometidas pelos Estados Unidos, em um documento apresentado ao Conselho de Direitos Humanos, reunido em Genebra.
A operação com os drones é, na verdade, o refinamento dos bombardeiros B-52 que atuaram em massa na guerra do Vietnã. A principal diferença é que as aeronaves agora são operadas à distância, auxiliadas por dados de inteligência e informações de satélite, para minimizar o risco de mortes de civis e maximizar a precisão dos alvos.
Outro ponto que levou o governo americano a investir nesta estratégia é o baixo custo e o menor risco de combater o contraterrorismo.
Uma matéria publicada no jornal The New York Times, em junho, revelou que toda semana membros da inteligência se reúnem com Obama para definir alvos e colher a assinatura do chefe para autorizar a morte vinda dos céus.
Fonte Zero Hora
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