Contato pré-natal ou durante o início da vida com PCE afeta área da visão responsável pela discriminação de cores
Exposição pré-natal ou durante o início infância ao solvente químico tetracloroetileno (PCE - sigla em inglês) encontrados na água potável possui associação deficiências visuais de longo prazo, sobretudo na área responsável pela discriminação das cores. É o que aponta estudo conduzido na Universidade de Boston, nos Estados Unidos.
A pesquisa constatou que pessoas expostas a níveis elevados de PCE desde a gestação até os 5 anos apresentam habilidade de discriminação de cor mais pobre do que indivíduos sem histórico de exposição ao composto. O estudo publicado na Environmental Health Perspectives recomenda uma investigação mais aprofundada sobre os problemas visuais associados à exposição ao PCE.
A equipe de pesquisa avaliou o funcionamento visual entre um grupo de pessoas nascidas entre 1969 e 1983 que residiam em oito cidades da região de Cape Cod, Massachusetts. Todas as localidades tinham PCE na água potável.
PCE é uma neurotoxina conhecida que foi usada para aplicar o revestimento de vinil em tubos de água potável. Pesquisas estimam que mais de 600 quilômetros de tubulação foram instaladas em quase 100 cidades e vilas de Massachusetts, principalmente durante a década de 1970. A exposição ao PCE na água potável ocorre pela ingestão direta, exposição dérmica durante o banho, e por inalação durante o banho, chuveiros e outros usos domésticos.
Testes de visão realizados no presente estudo, liderado por Ann Aschengrau, reúnem evidências de que pessoas expostas ao PCE apresentam maior índice de erros ralacionados a discriminação de cores. Os níveis de confusão foram maiores entre as pessoas com altos níveis de exposição. As descobertas sugerem que os efeitos da exposição ao PCE no início da vida são irreversíveis.
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