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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Uso de pílula e álcool na adolescência afeta saúde cardiovascular na vida adulta

Estudo mostra que uso de contraceptivo entre meninas e álcool entre rapazes aumenta níveis de pressão arterial mais tarde

Estilo de vida na adolescência afeta saúde cardiovascular na idade adulta. De acordo com estudo realizado na Austrália, consumo de álcool entre rapazes e uso de pílula entre meninas possui associação com níveis mais elevados de pressão arterial no final da adolescência. Consumo elevado de sal e aumento do índice de massa corporal (IMC) também se configuram como fatores de risco no período.

As diferenças substanciais na pressão arterial encontradas no estudo, entre jovens com estilo de vida mais saudável ou menos favorável, afetam de forma significativa o risco para desenvolvimento de doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral (AVC) na vida adulta, advertem os investigadores.

Eles acrescentam que a adolescência é um tempo de vida quando os comportamentos "tendem a se enraizarem" e destacam que neste estágio "significativos benefícios para a saúde pública podem ser alcançados com a implementação de uma série de modificações capazes de levar à adoção de estilos de vida mais adequados."

Por trás das advertências estão resultados do Western Australian Pregnancy Cohort (Raine) Study, no qual 2.868 crianças nascidas em 1989 foram acompanhadas nas idades de 1, 2, 3, 5, 8, 10, 14 e 17 anos (quando 1.771 estavam disponíveis para o estudo). Os voluntários foram questionados sobre consumo de álcool, tabagismo, atividade física, medicamentos de prescrição (incluindo o uso de contraceptivos orais), e hábitos alimentares, e a associação entre cada um desses fatores e a pressão arterial sistólica e diastólica foi calculada.

Os meninos apresentaram uma pressão arterial sistólica 9 mmHg maior do que meninas que não tomavam pílula. Entre os rapazes, a pressão arterial sistólica foi significativamente associada com o IMC, sódio urinário (como um marcador do consumo de sal) e consumo de álcool. E mesmo quando ajustado para IMC, a relação com álcool e sal permaneceu. O estudo também descobriu que o hábito de praticar atividade física foi associado com menor pressão arterial diastólica. Usando critérios para definição da pressão arterial de adultos, o estudo mostrou que aproximadamente 24% dos adolescentes eram pré-hipertensos e hipertensos; notavelmente, 34% dos jovens com excesso de peso e 38% dos obesos figuravam nas categorias de indivíduos com pressão arterial elevada.

Entre as meninas, o uso da pílula foi associado de forma significativa com pressão arterial elevada. Por exemplo, a pressão arterial sistólica de meninas que tomam a pílula (30% do grupo) foi 3,3 mmHg maior, além disso, assim como entre os rapazes, quando maior o IMC maior a pressão arterial. No entanto, a pressãoarterial das adolescentes não apresentaram alterações reçlacionadas ao consumo de álcool.

"Os adolescentes precisam estar cientes de que um estilo que predispõe à obesidade, com elevado consumo de sal, ingestão de álcool pode levar a consequências adversas à saúde na vida adulta. Os efeitos são cumulativos e já associados à hipertensão. Além disso, adolescentes que tomam contraceptivos orais devem ser alertadas sobre a necessidade de monitorização regular da pressão arterial", conclui o investigador envolvido no estudo Chi Le-Ha, do Royal Perth Hospital (Austrália).

Fonte isaude.net

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