Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

“Neurose” com o próprio peso pode engordar de verdade

Novo estudo mostra que ficar “neurótica” (ou neurótico) com a balança pode, na verdade, engordar.

“Se achar gordo, mesmo quando não se é, pode na verdade fazer com que jovens magros engordem quando atingirem a idade adulta”, afirma Koenraad Cuypers, da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega. O estudo, publicado no periódico Journal of Obesity, foi feito com base em uma pesquisa de saúde realizada com quase 1,2 mil adolescentes entre 1995 e 1997 e refeita entre 2006 e 2008, quando esses jovens tinham entre 24 e 30 anos de idade.

Metade dos participantes mantiveram o peso considerado saudável quando atingiram a idade adulta. Mas, entre aqueles que estavam em sobrepeso, os pesquisadores encontraram uma clara diferença: 59% das meninas que atingiram o sobrepeso na idade adulta achavam que eram gordas durante a adolescência. No geral, dos adolescentes – tanto meninas, como meninos – que se achavam gordos, 78% estavam com excesso de peso. Os dados se basearam nas medidas da cintura e índice de massa corporal (IMC).

Segundo a autora, estudos similares feitos anteriormente também mostraram resultados semelhantes. Para ela, existem diferentes – e complexas – razões que podem explicar porque se achar gordo pode engordar. Uma resposta seria o estresse psicológico de tentar atingir um corpo ideal, muitas vezes irreal. “O estresse psicológico está relacionado com o ganho de peso”, afirma.

“Outra explicação pode ser que os jovens que se vêem como gordos muitas vezes mudam seus hábitos alimentares, pulam refeições, por exemplo. E sabe-se que isso pode levar à obesidade”, diz Cuypers.

Outro resultado mostrou que nem mesmo a prática de esportes (muitos adolescentes que se achavam gordos praticavam atividades físicas regularmente) compensou o efeito negativo de se perceber acima do peso.

Modelos e não “supermodelos”
Para a pesquisadora, esta dificuldade em conseguir enxergar o peso corporal real é um resultado do apelo midiático em cima de um padrão de beleza baseado em corpos, muitas vezes, excessivamente magros. E o número grande de mulheres, em relação aos homens, que se achavam gordas quando jovens e que atingiram o sobrepeso na fase adulta não surpreendeu, já que o apelo para ser magra é maior justamente para o público feminino.

“As normas sociais do que é um um corpo bonito e saudável devem mudar. Assim os jovens terão uma visão, um modelo, mais realista do que é normal. Na escola, por exemplo, deve-se conversar com as crianças sobre o que são formas normais do corpo e mostrar que todos os tipos de corpos são bonitos como são. E por último, mas não menos importante, os meios de comunicação devem deixar de enfatizar o corpo das supermodelos como ideal e perfeito, porque não é”, finaliza.

Fonte O que eu tenho

Nenhum comentário:

Postar um comentário