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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pesquisa investiga novas estratégias para tratar câncer ósseo

Devido à agressividade da doença, em apenas cinco anos, dois terços dos pacientes morrem

Uma pesquisa iniciada este mês com células-tronco tumorais em pacientes com diagnóstico de osteossarcoma, um tumor maligno dos ossos cuja incidência é maior em crianças e jovens com idade entre 10 e 20 anos, poderá fornecer informações importantes sobre a resposta do paciente à quimioterapia. O objetivo é descobrir novas estratégias para o tratamento.

O estudo é realizado por profissionais do Centro de Pesquisa em Terapia Celular e Bioengenharia do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia no Rio (Into). Ele consiste no isolamento e expansão in vitro de células-tronco tumorais, sendo composto por duas etapas: a primeira no ato da biópsia e a segunda após o tratamento com quimioterapia.

De acordo com a chefe da Divisão de Pesquisa do Into, Maria Eugênia Duarte, com a pesquisa, os profissionais pretendem identificar as células-mãe responsáveis pela formação de grupos de células dentro do mesmo tumor. Segundo ela, só após essa identificação, será possível avaliar se ocorreu ou não uma melhora no quadro clínico do paciente.

— É claro que, se depois do tratamento a gente observar que esse número de células-tronco caiu muito, nós vamos poder dizer que o paciente teve uma melhora ou pior resposta ao tratamento — explica Maria Eugênia.

A especialista destaca que qualquer informação obtida por meio da pesquisa a respeito do tumor será bem-vinda. Ela lembra que, devido à agressividade da doença, em apenas cinco anos, dois terços dos pacientes morrem. Em média, a pessoa sobrevive de dois a quatro anos.

Segundo Maria Eugênia, isso ocorre porque o tratamento de quimioterapia usado pelos médicos é o mesmo adotado na década de 70:

— Em outras palavras, não aconteceu quase nada em termos de evolução do tratamento do osteossarcoma. A nossa ideia é que, por meio desses resultados, possamos ajudar a melhorar e a entender um pouco melhor a baixa resposta desses tumores ao tratamento quimioterápico.

Em geral, as células-tronco tumorais representam cerca de 1% da massa tumoral, sendo extremante resistente a qualquer tipo de tratamento, conforme a pesquisadora. Ela destaca ainda as dificuldades de se fabricar um remédio capaz de combater as células-mães, responsáveis pelo desenvolvimento do tumor.

Maria Eugênia Duarte também ressalta que essa nova linha de estudo já está disponível para pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte Zero Hora

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