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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

À medida que aumenta o contágio por HPV cresce também a incidência de câncer de ânus

Primeiro veio a comprovação da estreita relação entre HPV e o tumor de colo de útero. Depois cânceres de boca, garganta e esôfago foram vinculados à infecção por alguns subtipos do Papilomavírus humano.
 
Agora, o alerta vai para mais uma manifestação: o tumor de ânus. “A doença tem aumentado nas últimas três décadas e já são registrados 6 mil novos casos por ano”, explica o médico Paulo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina da UnB e presidente-eleito da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

O HPV atinge 40% da população sexualmente ativa. “Ele é considerado hoje o principal fator associado ao câncer do canal anal. Por essa razão um exame chamado anuscopia de alta resolução passou a ser indicado a homens e mulheres que tiveram ou têm HPV, para os que possuem alguma imunodepressão e também para os que praticam sexo anal – principal forma de contágio”, enfatiza o especialista.
 
O tumor no ânus pode estar associado a sangramento espontâneo ou àquele observado durante a evacuação. Contudo, assim como o HPV, pode não apresentar sintomas. “Como todo tipo de câncer, para que seja passível de tratamento deve ser diagnosticado em fase inicial”, ressalta Dra. Bianca Corte, do Instituto de Coloproctologia de Brasília (ICB).
 
O Exame – Padrão-ouro para a inspeção do canal anal, a anuscopia de alta resolução detecta HPV, tumorações e colabora no diagnóstico de uma série de outras doenças, como hemorroidas. “O equipamento é capaz de ampliar a imagem da área até 40 vezes. Com isso, identifica com precisão as lesões perianais, anais e retais que não são estudadas pela colonoscopia”, descreve Dr. Paulo.
 
O exame utiliza uma espécie de endoscópio para a visualização do canal anal e, por vezes, para a aplicação de substância que mostram lesões não visíveis a olho nu. Rápido, tem duração de até 5 minutos e é considerado pelos pacientes como tolerável. “O pequeno desconforto passa assim que o anuscópio é retirado”, esclarece Dra. Bianca. Quando necessário, são coletadas amostras de tecido para biópsia.
 
Prevenção – O contágio pelos subtipos mais nocivos do HPV pode ser prevenido de duas formas. A primeira delas é a vacina, que deve ser administrada antes do início da atividade sexual. Independente dessa medida, o uso de preservativo é imprescindível, visto que há outras doenças importantes transmitidas por contágio sexual. “Diante de sintomas, o indivíduo não deve postergar a avaliação médica. Quanto mais cedo diagnosticado o tumor de ânus, maiores as chances de cura”, conclui Dr. Paulo.
 
Fonte Corposaun

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