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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Estudo indica que psicopatas têm olfato pouco desenvolvido

AFP
Pesquisa indica que psicopatas têm o olfato menos desenvolvido
do que pessoas sem o transtorno de personalidade.
Na foto, homem cheira uma trufa
Pesquisadores australianos testaram a habilidade olfativa de 79 portadores do distúrbio de personalidade e verificaram que os participantes não conseguiam identificar odores
 
Os psicopatas têm o sentido do olfato notavelmente pobre, revelou um estudo publicado esta quinta-feira (20).
 
Cientistas australianos testaram uma teoria segundo a qual a psicopatia - u m distúrbio severo de personalidade caracterizado por falta de empatia, comportamento antissocial e insensibilidade - pode estar vinculada a uma reduzida habilidade olfativa.
 
Os dois fenômenos foram rastreados de forma independente à disfunção em uma região do cérebro denominada córtex orbito-frontal (COF).
 
Mehmet Mahmut e Richard Stevenson, do Departamento de Psicologia da Universidade Macquarie, em Sydney, testaram as habilidades olfativas de 79 indivíduos com idades entre 19 e 21 anos, diagnosticados como psicopatas não criminosos e residentes na comunidade.
 
Usando "bastões inaláveis" - 16 canetas contendo diferentes aromas, tais como laranja, café e couro - eles verificaram que os jovens tinham problemas em identificar corretamente um odor e então discriminá-lo perante outro.
 
Os indivíduos que obtiveram a maior pontuação em um teste padrão de traços de psicopatia apresentaram os piores resultados no teste de odores, mesmo sabendo que estavam inalando algo.
 
A descoberta pode ser útil para identificar psicopatas, que são hábeis manipuladores em interrogatórios, destacou um artigo sobre o estudo, publicado no periódico Chemosensory Perception.
 
"Medições olfativas representam um marcador potencialmente interessante para traços de psicopatia porque as expectativas de desempenho não são claras em testes de odores e podem, portanto, ser menos suscetíveis a tentativas de criar respostas 'boas' ou 'más'", acrescentou o artigo.
 
O córter orbitofrontal é uma parte do cérebro responsável pelo controle de impulsos, pelo planejamento e pelo comportamento conforme normas sociais.
 
Também parece ser importante no processamento de sinais olfativos, embora a função precisa não esteja clara, segundo um estudo anterior.
 
Moléculas de odores se ligam a células nervosas específicas na base do nariz, que então envia os sinais através do trato lateral olfativo para o córtex olfatório primário.
 
Dali, os sinais vão para o COF através de uma parte do cérebro denominada núcleo mediodorsal, situada no tálamo.
 
O estudo esclarece que ter um olfato pobre em si não significa que alguém seja psicopata. A disfunção olfativa também pode ocorrer em indivíduos com esquizofrenia, mal de Parkinson e Alzheimer, destaca.
 
Fonte iG

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