Enzima endolisina degrada a parede celular da bactéria que causa o problema
Para algumas pessoas, a acne fica para trás após a adolescência. Outras, entretanto, sofrem com as lesões de pele mesmo na idade adulta e vivem em busca de alternativas capazes de diminuir as marcas no rosto. Para esses casos, um estudo publicado nesta terça-feira (25 de setembro) no mBio, periódico online do American Society for Microbiology, acaba de oferecer esperança: um produto feito à base de vírus, com enzimas capazes de matar os micro-organismos responsáveis pela acne, seria capaz de curar o problema de uma vez por todas.
A descoberta, feita por uma equipe liderada por uma pesquisadora da University of California, nos Estados Unidos, apontou que o vírus é inofensivo para seres humanos, mas programado para infectar e matar bactérias causadoras da acne. Isso porque ele contém uma enzima nomeada endolisina, que destrói a parede celular bacteriana, matando o micro-organismo.
Para ser utilizado em terapias, entretanto, era preciso que esses vírus não apresentassem grande diversidade de DNAs. Foi necessário, então, colher amostras dos fagos (como são chamados vírus que infectam apenas bactérias) do nariz de voluntários com acne. Após sequenciar o genoma desses vírus, os especialistas concluíram que os agentes partilhavam mais de 85% de seus DNAs, o que possibilita seu uso em tratamentos.
As espinhas ocorrem quando a bactéria Propionibacterium, que reside na pele humana, fica presa em um poro devido ao óleo natural da pele, conhecido como sebo, o que afeta o sistema imunológico. O resultado é formação de bolinhas inchadas e vermelhas conhecidas como acne.
Tratamento da acne
De acordo com o dermatologista Adilson Costa, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, para lidar com a acne é preciso entender causas e fatores responsáveis pelo seu aparecimento. Afinal, até mesmo nossa alimentação pode influenciar no processo. Saiba mais sobre o Roacutan, atualmente um dos principais medicamentos usados no tratamento de casos graves de acne:
Roacutan
Tecnicamente chamado de isotretinoína, ele ainda é uma das opções mais confiáveis para tratamento de casos graves de acne. O medicamento a atrofia das glândulas sebáceas, impedindo o entupimento dos poros e, consequentemente, o aprisionamento de bactérias causadoras das espinhas.
Tecnicamente chamado de isotretinoína, ele ainda é uma das opções mais confiáveis para tratamento de casos graves de acne. O medicamento a atrofia das glândulas sebáceas, impedindo o entupimento dos poros e, consequentemente, o aprisionamento de bactérias causadoras das espinhas.
A fórmula, entretanto, é bastante forte e, por isso, só pode ser ingerida com orientação médica. Uma série de exames, incluindo hemograma, função do fígado, triglicérides e colesterol, precisa ser feita antes que o tratamento seja iniciado.
A duração do tratamento varia, mas costuma durar seis meses. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns são mudanças de humor, no sono e na libido. Em casos raros, é possível que sua ingestão leve à depressão. Ainda assim, não há garantia de que o problema não volte. Em graus mais leves de acne, tratamentos mais suaves (com cremes, limpeza de pele e, se necessário, mudanças na dieta) podem ser feitos e a possibilidade de cura é maior.
Fonte Minha Vida
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