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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Neurônio derivado de célula-tronco restaura atividade cerebral após transplante

Stuart A. Lipton, autor sênior do estudo
Foto: Sanford-Burnham Medical Research Institute
Stuart A. Lipton, autor sênior do estudo
Pesquisa deixa cientistas um passo mais perto de usar essas células para tratar Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas
 
Pesquisador do Sanford-Burnham Medical Research Institute, nos EUA, desenvolveram neurônios a partir de células-tronco que conduzem a atividade cerebral após o transplante em modelos de laboratório.
 
A pesquisa deixa os cientistas um passo mais próximo de usar essas células para tratar a doença de Alzheimer e outras condições neurodegenerativas.
 
Atualmente, cientistas são capazes de criar neurônios e outras células do cérebro a partir de células-tronco, mas fazer com que estes neurônios funcionem corretamente quando transplantados tem sido mais difícil.
 
Agora, o pesquisador Stuart A. Lipton e seus colegas descobriram uma forma de estimular células-tronco derivadas de neurônios para guiar a função cognitiva após o transplante em uma rede neural pré-existente.
 
 
"Nós mostramos pela primeira vez que as células-tronco embrionárias que temos programado para se tornarem neurônios podem integrar os circuitos cerebrais existentes e disparar padrões de atividade elétrica que são críticos para a consciência e atividade de rede neural", afirma Lipton.
 
Lipton e sua equipe transplantaram neurônios derivados de células-tronco humanas no hipocampo de roedores, centro de processamento de informações n o cérebro .
 
Em seguida, eles especificamente ativaram os neurônios transplantados por meio do estímulo optogenético, técnica relativamente nova que combina luz e genética para controlar com precisão o comportamento celular em tecidos vivos ou animais.
 
Para determinar se os neurônios recém-transplantados estavam trabalhando, os pesquisadores mediram as oscilações de alta frequência nos neurônios existentes a certa distância dos transplantados. Eles descobriram que os neurônios transplantados levaram os neurônios existentes a desencadearem oscilações de alta frequência. Oscilações neuronais mais rápidas são geralmente melhores, elas são associadas a melhor desempenho em tarefas sensório-motoras e cognitivas.
 
Para resumir, os neurônios transplantados humanos não só conduziram impulsos elétricos, mas também despertou redes neuronais vizinhas ao funcionamento normal.
 
A perspectiva terapêutica para esta tecnologia parece promissora. "Com base nesses resultados podemos ser capazes de restaurar a atividade cerebral e, assim, restaurar a função motora e cognitiva, transplantando neurônios derivados de células-tronco embrionárias", conclui Lipton.
 
Fonte isaude.net

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