Foto: Sanford-Burnham Medical Research Institute Stuart A. Lipton, autor sênior do estudo |
Pesquisador do Sanford-Burnham Medical Research Institute, nos EUA, desenvolveram neurônios a partir de células-tronco que conduzem a atividade cerebral após o transplante em modelos de laboratório.
A pesquisa deixa os cientistas um passo mais próximo de usar essas células para tratar a doença de Alzheimer e outras condições neurodegenerativas.
Atualmente, cientistas são capazes de criar neurônios e outras células do cérebro a partir de células-tronco, mas fazer com que estes neurônios funcionem corretamente quando transplantados tem sido mais difícil.
Agora, o pesquisador Stuart A. Lipton e seus colegas descobriram uma forma de estimular células-tronco derivadas de neurônios para guiar a função cognitiva após o transplante em uma rede neural pré-existente.
"Nós mostramos pela primeira vez que as células-tronco embrionárias que temos programado para se tornarem neurônios podem integrar os circuitos cerebrais existentes e disparar padrões de atividade elétrica que são críticos para a consciência e atividade de rede neural", afirma Lipton.
Lipton e sua equipe transplantaram neurônios derivados de células-tronco humanas no hipocampo de roedores, centro de processamento de informações n o cérebro .
Em seguida, eles especificamente ativaram os neurônios transplantados por meio do estímulo optogenético, técnica relativamente nova que combina luz e genética para controlar com precisão o comportamento celular em tecidos vivos ou animais.
Para determinar se os neurônios recém-transplantados estavam trabalhando, os pesquisadores mediram as oscilações de alta frequência nos neurônios existentes a certa distância dos transplantados. Eles descobriram que os neurônios transplantados levaram os neurônios existentes a desencadearem oscilações de alta frequência. Oscilações neuronais mais rápidas são geralmente melhores, elas são associadas a melhor desempenho em tarefas sensório-motoras e cognitivas.
Para resumir, os neurônios transplantados humanos não só conduziram impulsos elétricos, mas também despertou redes neuronais vizinhas ao funcionamento normal.
A perspectiva terapêutica para esta tecnologia parece promissora. "Com base nesses resultados podemos ser capazes de restaurar a atividade cerebral e, assim, restaurar a função motora e cognitiva, transplantando neurônios derivados de células-tronco embrionárias", conclui Lipton.
Fonte isaude.net
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