Estudo apresentado no American College of Allergy, Asthma and Immunology annual
scientific meeting, que ocorreu de 08 a 13 de novembro na Califórnia, Estados
Unidos, mostrou que evitar doces pode não ser necessário para crianças com
alergia a ovo.
O especialista Dr. Rushani Saltazman, da University of
Pennsylvania, nos Estados Unidos, explica que mais da metade das crianças
alérgicas a ovo podem tolerar ovos de galinha quando cozidos a mais de 175 graus
Celsius. É o que ocorre, por exemplo, em alimentos como pão, bolos e
biscoitos.
O especialista alega, ainda, que a introdução do ovo na dieta
da criança alérgica, desde que orientada por um alergista, pode acelerar o
desenvolvimento da tolerância a esse alimento. A dose tolerada pelas crianças
foi equivalente a dois quintos do ovo de galinha cozido a 175 graus Celsius por,
no mínimo, 30 minutos.
Outro estudo, realizado na Northwestern University Feinberg
School of Medicine, mostrou que entre os oito alérgenos alimentares mais comuns,
o ovo é o mais frequente entre as crianças. O Dr. Ruchi Gupta, autor do estudo,
diz que 55% das crianças superam a alergia até os sete anos de idade.
O presidente do American College of Allergy, Asthma and
Immunology, Dr. Richard Weber, explica que quanto mais graves são as reações
alérgicas - que podem incluir inchaço rápido do tecido e pele, dificuldade de
respirar e asfixia -, menores são as chances de a criança se curar.
"Embora esses estudos mostrem muitos resultados positivos para
as crianças com alergia a ovo, os pais devem ter cautela", diz Weber. "A
introdução do alérgeno na dieta não pode ser feita sem acompanhamento
especializado, pois nem todas as crianças podem reagir positivamente a esse
tratamento", finaliza.
Fonte: American College of Allergy, Asthma and Immunology
annual scientific meeting, 08 a 13 de novembro, Califórnia, Estados Unidos
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