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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Meditação produz mudanças duradouras no processamento emocional no cérebro

Prática pode ter efeitos mensuráveis sobre como o cérebro funciona mesmo quando alguém não está ativamente meditando
 
Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos EUA, descobriram que a prática da meditação pode ter efeitos mensuráveis sobre como o cérebro funciona mesmo quando alguém não está ativamente meditando.
 
O estudo sugere que a meditação parece produzir mudanças duradouras no processamento emocional no cérebro.
 
"Os dois tipos diferentes de treinamento de meditação que os participantes do estudo testaram causaram respostas diferentes na amígdala, parte do cérebro conhecida por estar envolvida na emoção. Esta é a primeira vez que mostramos que o treinamento de meditação afeta o processamento emocional no cérebro, mesmo fora de um estado meditativo", afirma o autor da pesquisa Gaëlle Desbordes.
 
Estudos anteriores mostraram que a hipótese de que o treinamento de meditação melhora a regulação emocional dos praticantes. Enquanto estudos de neuroimagem descobriram que a meditação parece diminuir a ativação da amígdala, essas alterações foram apenas observadas quando os participantes do estudo estavam meditando.
 
O estudo foi desenhado para testar a hipótese de que o treinamento de meditação também pode produzir uma redução generalizada na resposta da amígdala a estímulos emocionais, mensuráveis por imagem de ressonância magnética funcional (fMRI).
 
A equipe recrutou adultos saudáveis, sem experiência de meditação que participaram de oito semanas de cursos de meditação atenção consciente, que se concentra em desenvolver a atenção e a consciência da respiração, pensamentos e emoções; e de meditação da compaixão, que inclui métodos para desenvolver bondade e compaixão por si mesmo e com os outros.
 
Um grupo de controle participou de um curso de educação de saúde de 8 semanas.
 
Três semanas antes do início dos cursos e três semanas após a conclusão do treinamento, 12 participantes de cada grupo viajaram para Boston para passar por exames de ressonância magnética.
 
Os exames do cérebro foram realizados enquanto os voluntários viram uma série de 216 imagens diferentes, 108 por sessão, de pessoas em situações com um conteúdo emocional positivo, negativo ou neutro.
 
Os participantes também completaram avaliações de sintomas de depressão e ansiedade antes e depois dos programas de treinamento.
 
No grupo de atenção consciente, os exames mostraram redução na ativação da amígdala direita em resposta a todas as imagens, apoiando a hipótese de que a meditação pode melhorar a estabilidade emocional e a resposta ao estresse.
 
No grupo de meditação da compaixão, a atividade da amígdala direita também diminuiu em resposta a imagens positivas ou neutras. Mas entre aqueles que relataram praticar essa meditação com mais frequência fora das sessões de treinamento, a atividade da amígdala direita tendeu a aumentar em resposta a imagens negativas.
 
Nenhuma mudança significativa foi observada no grupo de controle ou na amígdala esquerda dos participantes do estudo.
 
"Acreditamos que essas duas formas de meditação cultivam diferentes aspectos da mente. Estes resultados são consistentes com a hipótese de que a meditação pode resultar em mudanças benéficas e duradouras na função cerebral, especialmente na área de processamento emocional", conclui Desbordes.
 
Fonte isaude.net

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