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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Fuja dos excessos no bufê

Bufê: oferta ampla dificulta escolhas sensatas
Veja os resultados de uma pesquisa sobre o comportamento das pessoas no bufê livre e saiba o que realmente ajuda a comer menos
 
Poucas situações podem causar um tropeço tão grande para quem está cuidando do peso como os restaurantes self-service com bufê livre.
 
Mas uma nova pesquisa publicada na edição deste mês do American Journal of Preventive Medicine sugere duas estratégias que podem ajudar quem está de dieta a sobreviver ao “massacre de calorias”: pegar um prato menor e circular o bufê antes de escolher o que comer.
           
Os bufês livres têm duas coisas que preocupam os nutricionistas: porções ilimitadas e muitas, muitas escolhas – duas coisas que podem elevar muito a contagem de calorias de uma refeição.
 
“Uma das coisas que a pesquisa mostra é que, quando confrontadas com um monte de alimentos de uma só vez, as pessoas tendem a comer mais. É a tentação de querer experimentar uma variedade de alimentos que torna particularmente difícil não comer demais em um restaurante desse tipo”, diz Rachel Begun, nutricionista e porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos – ela não está envolvida no novo estudo.
 
Ainda assim, algumas pessoas não abusam nos bufês. Isso fez o autor do estudo, Brian Wansink – ele dirige o laboratório de alimentos e marcas na Universidade de Cornell em Ithaca, Nova York – se questionar como essas pessoas fazem para se conter diante de tanta fartura de delícias.
 
“As pessoas costumam dizer que a única maneira de não comer demais em um bufê é nem entrar em um”, disse Wansink, um psicólogo que estuda os estímulos ambientais ligados ao excesso.
 
“Mas há um monte de pessoas em bufês que são realmente magras. Nós nos perguntamos: o que os magros fazem nesses locais que os gordos não fazem?”
 
Wansink mobilizou uma equipe de 30 observadores treinados que cuidadosamente coletaram informações sobre os hábitos alimentares de mais de 300 pessoas que visitaram 22 bufês livres em restaurantes chineses em seis estados norte-americanos.
 
Escondidos em cantos onde poderiam assistir a tudo muito discretamente, os observadores verificaram 103 coisas diferentes sobre a forma como as pessoas se comportavam ao redor do bufê. Eles registrados informações sobre com quem os clientes estavam e em quais locais sentaram – perto ou longe do bufê, em uma mesa simples ou uma rodeada por estofados, voltada para o bufê ou longe dele.
 
Os observadores também anotaram que tipo de utensílios os comensais usaram (garfos ou pauzinhos), se eles colocaram um guardanapo sobre o colo, e até mesmo quantas vezes eles mastigaram um único bocado de comida. Eles também foram treinados para estimar o índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa apenas olhando para ela. Índice de massa corporal é a relação entre o peso de uma pessoa a sua altura, e os médicos o usam para avaliar se uma pessoa está acima do peso.
 
Os resultados do estudo revelaram diferenças fundamentais na forma como as pessoas mais magras e mais gordas se aproximaram do bufê.
 
“Os magros são mais propensos a explorar a comida. Eles tendem a olhar para as diferentes alternativas antes de se lançar em alguma delas”, disse Wansink.
 
“Já os mais pesados se limitam a pegar um prato, olhar para cada item e dizer: ‘Eu quero isso? Sim ou não’.”
 
Em outras palavras, disse Wansink, as pessoas magras tendem a se perguntar quais pratos elas mais querem entre todas as opções oferecidas, enquanto as pessoas mais pesadas se perguntam se querem cada alimento, um de cada vez.
 
Pessoas magras também foram cerca de sete vezes mais propensas a escolher pratos menores, se eles estavam disponíveis, do que as mais pesadas.
 
Esses comportamentos também pareceram ajudar as pessoas a comerem menos. As que olharam as opções antes de se servir e usaram um prato menor também fizeram menos viagens ao bufê, independentemente do peso que tinham.
 
Pessoas magras sentaram, em média, 5 metros mais longe do bufê que as pessoas mais pesadas. Elas também mastigaram a comida um pouco mais – foram cerca de 15 mastigações por bocado para aqueles que estavam com peso normal em comparação com 12 para aqueles que estavam acima do peso.
 
Esses comportamentos não foram diretamente associados com menos viagens ao bufê, mas os pesquisadores pensam que eles podem ser alguns dos hábitos que ajudam as pessoas mais magras controlar o peso.
 
“O interessante é que quase todas essas mudanças foram inconscientes. Elas se tornam hábitos ao longo do tempo”, disse Wansink.
           
“As observações do estudo são perspicazes e úteis. Mas em alguns aspectos, são como olhar para as razões pelas quais algumas pessoas se molharam mais cedo do que outras quando o Titanic afundou. A questão mais importante foi: o navio estava afundando, e todos estavam no mesmo barco”, pondera David Katz, diretor do Centro de Pesquisa em Prevenção da Universidade de Yale, que não fez parte da pesquisa.
 
Katz disse que o melhor conselho para quem está controlando o peso é, em primeiro lugar, evitar as tentações do bufê. Se isso não for possível, escolha o que vai comer e não preencha o prato todo.
 
Fonte iG

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