É, ao mesmo tempo, um dos mais antigos dispositivos médicos e um dos métodos contracetivos mais eficazes. Mas as virtudes do preservativo não se ficam por aqui. Fabricado aos milhões e vendido por cêntimos, é ainda uma arma eficaz na prevenção de várias doenças sexuais.
Apesar do seu sucesso, confirmado pelos números da produção (15 mil milhões de unidades todos os anos) e de utilizadores (750 milhões no mundo), é preciso reinventar o preservativo. É pelo menos isso que defende a Fundação Bill & Melinda Gates.
O desafio foi lançado no âmbito da 11ª edição dos ‘Grand Challenges Explorations’ e, até 7 de maio, esperam-se ideias capazes de tornar o velhinho preservativo – nasceu há 400 anos e há 50 que não sofre grandes melhorias – mais apelativo e capaz de conquistar mesmo aqueles que o acusam de reduzir o prazer, o que tem sido um dos maiores obstáculos ao seu uso constante e regular. «Será possível desenvolver um produto sem este estigma, ou melhor, um que seja capaz de aumentar o prazer?», questiona a Fundação, que espera por respostas afirmativas, em forma de projetos.
«A inspiração pode vir de qualquer lado», confirma Chris Wilson, um dos responsáveis pelas novas descobertas da organização criada por Bill Gates. E há até quem já tenha pensado nisso, como um grupo de investigadores da Universidade de Washington, nos EUA, ou ainda uma empresa que decidiu desenvolveu e comercializar Preservativos Origami.
A ideia de conseguir criar um preservativo capaz de conquistar os homens pode parecer revolucionária. E é uma revolução que a Fundação pede. Para isso, os interessados têm que se inscrever, candidatando-se a uma ajuda de cem mil dólares (76 mil euros) em www.grandchallenges.org.
Portugal recebe bolsas
Lançada em 2003, a iniciativa ‘Grand Challanges Explorations’ já entregou 45 bolsas no valor de 458 milhões de dólares (350 milhões de euros) a projetos de investigação, 149 dos quais na Europa (três em Portugal - duas na área da proteção contra a malária e a terceira na luta contra a sida), que envolveram cientistas de 33 países. Para já, as ideias vencedoras habilitam-se a uma bolsa de cem mil dólares, mas que pode ir até ao milhão (cerca de 760 mil euros) se tiver sucesso e capacidade de melhorar a saúde.
Fonte Destak/Lusa
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