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terça-feira, 11 de junho de 2013

Crianças demoram até duas vezes mais para se recuperar de lesões na cabeça, diz estudo

Jovens e crianças que já sofreram lesões na cabeça demoram, em média, 35 dias para se recuperar de um novo trauma, segundo estudo. Já adultos levam duas semanas para deixar de apresentar sintomas (como dores de cabeça) após um acidente, de acordo com pesquisadores.
 
O estudo envolveu 280 jovens entre 11 e 22 anos atendidos após lesões na cabeça. Dois terços deles se machucaram jogando algum esporte, como hockey, futebol americano, futebol ou basquete.
 
Após receberem alta, as crianças foram convidadas a preencher questionários sobre seus sintomas durante 12 semanas e informar o último caso de acidente ou machucado relacionado a uma lesão na cabeça. Dos 235 pacientes, 68 tinham histórico de lesões cerebrais.
 
Em média, aqueles que nunca tiveram lesão anterior levaram 12 dias para se recuperar. Pacientes com um caso antecedente demoraram o dobro do tempo, e os jovens que tiveram lesão anterior há menos de um ano só voltaram ao normal após 35 dias. O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista científica "Pediatrics".
 
Segundo o autor do estudo, Matthew Eisenberg, pesquisador do Hospital Infantil de Boston (ligado à Universidade Harvard), a descoberta "deve aumentar a precaução" dos médicos e de pais de crianças lesionadas quando decidirem por quanto tempo deixar os jovens afastados das quadras ou da escola.
 
"Mesmo após a melhora dos sintomas e dos testes neurofisiológicos, ainda há vulnerabilidades que podem levar a uma lesão muito mais grave", explicou Eisenberg.
 
Uma limitação da pesquisa, no entanto, é que ela se baseia em respostas das próprias crianças sobre seus sintomas. Segundo pesquisadores, elas podem ter sido incentivadas a dizer que estavam melhores para voltar aos esportes.
 
De acordo com Eisenberg, o próximo objetivo é usar exames de sangue, de urina ou tomografias para conferir quando as crianças estão de fato recuperadas. O pesquisador aponta ainda a necessidade de acompanhar os pacientes por um período mais longo porque eles podem apresentar outras complicações ao longo dos anos.
 
Para Paul Comper, pesquisador em lesões na Universidade de Toronto, que não participou do estudo, as descobertas são inesperadas. "Temos de ser cautelosos para não apressar a volta a atividades de crianças que sofreram lesões na cabeça."
 
Fonte Folhaonline

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