Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados Plenário arquivou a proposta a pedido do próprio autor do texto |
A Câmara dos Deputados aprovou, no ínicio da noite desta terça-feira (2), o requerimento para retirada de tramitação do projeto conhecido como projeto da " cura gay" (Projeto de Decreto Legislativo - PDC 234/11). Com a aprovação do requerimento, apresentado pelo próprio autor da proposta, deputado João Campos (PSDB-GO), a matéria será arquivada e não poderá ser reapresentada este ano.
O projeto derruba a aplicação de dispositivos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em vigor desde 1999, que proíbe os profissionais de participarem de terapias para alterar a orientação sexual e de tratar a homossexualidade como doença.
Segundo os dois dispositivos que seriam derrubados pelo projeto dizem que " os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades" . Em seguida, que " os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica" .
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a manobra para o arquivamento do projeto, com o argumento de que se fosse votado e rejeitado o mérito, outro projeto semelhante só poderia ser apresentado na próxima legislatura, que começa em 2015.
Para o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), " o projeto é preconceituoso, é inconveniente, é inoportuno. E esta Casa não gostaria de vê-lo aprovado."
Restrições profissionais
Segundo João Campos, estas orientações do Conselho Federal de Psicologia " restringem o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional" .
Na avaliação do deputado, com esta resolução o Conselho extrapolou o seu poder de regulamentar e usurpou competência do Poder Legislativo, " incorrendo em abuso de poder, com graves implicações no plano jurídico-constitucional" .
João Campos sustenta que o decreto legislativo constitui instrumento apropriado para promover a sustação, tendo em vista que o Conselho Federal de Psicologia é entidade vinculada ao Poder Executivo.
Com informações da Agência Câmara
Fonte isaude.net
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