Foto: Daniel Conzi / Agencia RBS Vacina contra o vírus estará disponível pelo SUS a partir de 2014 |
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira, a oferta da vacina quadrivalente contra o papilomavírus (HPV) na rede pública de saúde. A vacina será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 10 e 11 anos no início do ano letivo de 2014. Segundo dados do Ministério, são registrados, em média, 685,4 mil casos de HPV por ano no país. O câncer do colo do útero causa 4,8 mil mortes, em média, por ano. Em 2011, foram 5,1 mil óbitos.
O médico oncologista Ellias Magalhães e Abreu Lima, da Clinionco BH, esclarece as principais dúvidas sobre o víruas e a sua relação com o câncer de colo do útero. Confira:
O que é o HPV?
O HPV, papiloma vírus humano, é uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida e, por isso, ele é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. Pesquisas recentes mostram que 40% das mulheres são portadoras do vírus no trato genital, ao passo que outros 16% o têm alojado na orofaringe (garganta). O vírus é responsável pelo desenvolvimento de diversas patologias como a verruga vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe. A maioria dos subtipos de HPV não apresenta potencial para levar ao câncer. Os subtipos mais encontrados nas doenças malignas são 16 e 18.
O HPV, papiloma vírus humano, é uma família de mais de 150 tipos vírus que infectam exclusivamente a pele e mucosas dos seres humanos. Aproximadamente metade das pessoas com vida sexual ativa se infectará por um ou mais subtipos de HPV durante a vida e, por isso, ele é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo. Pesquisas recentes mostram que 40% das mulheres são portadoras do vírus no trato genital, ao passo que outros 16% o têm alojado na orofaringe (garganta). O vírus é responsável pelo desenvolvimento de diversas patologias como a verruga vulgar, a verruga plana, o condiloma acuminado (verrugas genitais) e o câncer de colo uterino, canal anal, vulva, vagina, pênis e orofaringe. A maioria dos subtipos de HPV não apresenta potencial para levar ao câncer. Os subtipos mais encontrados nas doenças malignas são 16 e 18.
Quais os tipos de exame podem detectar o HPV?O diagnóstico de infecção pelo HPV é feito através da pesquisa do DNA/RNA do vírus na amostra do tecido da mucosa genital, anal, oral ou outro local suspeito. Não é possível identificar a presença do vírus através de exames de sangue. Isso ocorre porque normalmente a infecção pelo HPV se restringe às camadas mais superficiais do epitélio (tecido de revestimento). As lesões do HPV no colo uterino podem ser descobertas por meio do exame preventivo de papanicolau, que deve ser realizado anualmente pelas mulheres.
A infecção pelo HPV nem sempre resulta em câncer. Nesses casos, o HPV pode causar outro tipo de doença?
Os HPVs são divididos em oncogênicos, aqueles que têm a capacidade de desenvolver câncer, e os não oncogênicos, não relacionados ao desenvolvimento de tumores. Alguns subtipos não oncogênicos têm predileção pela pele, neste caso levando ao aparecimento de verrugas comuns. Outros subtipos preferem a pele e mucosas da região ano genital, causando infecção em locais como o pênis, o escroto, a região perianal, o canal anal, a vulva, o introito vaginal e o colo uterino. Esses subtipos levam ao aparecimento das verrugas genitais.
Os HPVs são divididos em oncogênicos, aqueles que têm a capacidade de desenvolver câncer, e os não oncogênicos, não relacionados ao desenvolvimento de tumores. Alguns subtipos não oncogênicos têm predileção pela pele, neste caso levando ao aparecimento de verrugas comuns. Outros subtipos preferem a pele e mucosas da região ano genital, causando infecção em locais como o pênis, o escroto, a região perianal, o canal anal, a vulva, o introito vaginal e o colo uterino. Esses subtipos levam ao aparecimento das verrugas genitais.
O HPV não é responsável direto por infertilidade na mulher. Entretanto, HPVs oncogênicos podem levar ao aparecimento de câncer e o tratamento da doença, muitas vezes envolvendo cirurgia (retirada de útero e ovários), radioterapia e quimioterapia pode levar à esterilidade feminina.
O que a mulher pode fazer para evitar a contaminação?
A principal forma de transmissão do HPV é o contato sexual, seja ele genital, anal ou oral. Por tratar-se de uma infecção assintomática, é difícil determinar se a pessoa está ou não infectada pelo vírus, o que favorece a sua transmissão. Pesquisas mostram que o uso correto e consistente de preservativos pode diminuir as chances de contaminação. Contudo, trata-se de método não 100% eficaz, pois áreas não cobertas pela camisinha podem estar infectadas pelo vírus, transmitindo a infecção ao parceiro.
A principal forma de transmissão do HPV é o contato sexual, seja ele genital, anal ou oral. Por tratar-se de uma infecção assintomática, é difícil determinar se a pessoa está ou não infectada pelo vírus, o que favorece a sua transmissão. Pesquisas mostram que o uso correto e consistente de preservativos pode diminuir as chances de contaminação. Contudo, trata-se de método não 100% eficaz, pois áreas não cobertas pela camisinha podem estar infectadas pelo vírus, transmitindo a infecção ao parceiro.
Além do sexo, há outras formas de transmissão do HPV?
A forma mais comum de contágio do HPV é o contato íntimo com a pele, no caso das verrugas da pele, e o sexo, no caso das cepas ano genitais. Beijar ou tocar a genitália do parceiro com a boca também pode transmitir a infecção. Estima-se que 16% da população possui o vírus alojado na garganta.
A forma mais comum de contágio do HPV é o contato íntimo com a pele, no caso das verrugas da pele, e o sexo, no caso das cepas ano genitais. Beijar ou tocar a genitália do parceiro com a boca também pode transmitir a infecção. Estima-se que 16% da população possui o vírus alojado na garganta.
Quais os sintomas do HPV?
As lesões do HPV no colo uterino raramente determinam sintomas. Na maioria das vezes, são descobertas por meio do exame preventivo de papanicolau. Verrugas genitais podem causar prurido, sensação de queimação e eventualmente levar a sangramentos durante o ato sexual.
As lesões do HPV no colo uterino raramente determinam sintomas. Na maioria das vezes, são descobertas por meio do exame preventivo de papanicolau. Verrugas genitais podem causar prurido, sensação de queimação e eventualmente levar a sangramentos durante o ato sexual.
Como é feito o tratamento do HPV?
Atualmente, não existem medicamentos capazes de eliminar a infecção pelo HPV. O tratamento dependerá do tipo de lesão e, no caso do câncer, da extensão da doença.
Atualmente, não existem medicamentos capazes de eliminar a infecção pelo HPV. O tratamento dependerá do tipo de lesão e, no caso do câncer, da extensão da doença.
Para quem cada uma das vacinas anti-HPV (bivalente e quadrivalente) é indicada e quando a mulher pode tomá-la?
A vacina quadrivalente é ativa contra quatro subtipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros são agentes etiológicos das verrugas genitais, enquanto os subtipos 16 e 18 são os principais causadores do câncer de colo uterino e canal anal. A vacina é aplicada em três doses ao longo de seis meses. Usualmente a segunda dose é dada dois meses após a primeira e a terceira dose quatro meses após a segunda. A faixa etária recomendada para a aplicação da vacina é de 9 a 26 anos. A bivalente confere proteção para dois subtipos de HPV oncogênicos: as cepas 16 e 18. Está aprovado seu uso em mulheres de 9 a 25 anos para a prevenção de câncer de colo uterino. Sua aplicação também se dá em três doses no decorrer de seis meses. Se possível, a vacina deve ser aplicada antes do início da vida sexual para conferir imunidade à mulher desde o primeiro contato com o sexo.
Fonte Zero Hora
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