Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ferramenta ajuda a detectar delírio em pacientes hospitalizados

Ferramenta irá ajudar a identificar os pacientes que podem ser mais adequados para novas intervenções específicas de prevenção dos quadros de delírio
Foto: UCSF
Ferramenta irá ajudar a identificar os pacientes que podem ser
 mais adequados para novas intervenções específicas de prevenção
 dos quadros de delírio
Ocorrendo em um a cada cinco pacientes, o delírio aumenta o tempo de permanência no hospital e as taxas de mortalidade
 
Pesquisadores da Universidade da California San Francisco (UCSF) desenvolveram uma ferramenta que prevê, em dois minutos, o risco de um paciente sofrer de delírio durante o período de internação.

Mudança na cognição mental caracterizada por confusão e desorientação grave, o delírio ocorre em cera de um em cada cinco pacientes, um quadro que se desenvolve rapidamente e pode levar a maiores taxas de mortalidade e aumento dos custos de cuidados de saúde, prolongando a permanência do paciente no hospital.

A nova ferramenta é projetada para ser simples, eficiente e precisa, ajudando a identificar os pacientes que podem ser mais adequados para novas intervenções específicas de prevenção dos quadros de delírio.

"Estima-se que até um terço dos casos de delírio hospitalar poderiam ser evitados com intervenções apropriadas, mas essas intervenções não podem ser aplicadas a todos os pacientes," afirma Vanja C. Douglas, da UCSF.

"Nosso objetivo foi desenvolver uma ferramenta para prever o delírio usando elementos que poderiam ser avaliados rapidamente no ambiente acelerado de um hospital, disse Douglas. O procedimento pode ser realizado por uma enfermeira em dois minutos, e fornece uma alternativa clinicamente útil e prática para modelos de previsão de delírio já existentes.

O estudo foi realizado com 374 pacientes com mais de 50 anos que não apresentaram delírios no momento da internação. Os pacientes eram predominantemente brancos e viviam em casa. A pesquisa foi realizada entre 2010 e 2011 na UCSF e no San Francisco Veterans Affairs Medical Center.

Na admissão, os pacientes foram submetidos a uma entrevista estruturada envolvendo questões relacionadas às suas habilidades de base visual e auditiva, residência, tipo de dor, entre outros fatores. Eles foram classificados por enfermeiros de saudáveis a risco de morte, por seis dias, ou até que foram dispensados.

Os cientistas desenvolveram uma ferramenta que denominaram AWOL, que significa: idade (A); incapacidade de soletrar a palavra mundo de trás para frente (W); falta de total orientação espacial (O), e nível do quadro da doença de moderado a grave (L).

Os pesquisadores descobriram que indivíduos com pontuações mais elevadas AWOL eram mais propensos desenvolver delírio. Eles também descobriram que, inversamente, aqueles com baixa pontuação AWOL estavam em risco relativamente baixo, o que significa que a ferramenta poderia estratificar os pacientes em grupos de alto e baixo risco. Uma vez identificados, os pacientes com maior risco de delírio foram encaminhados para uma unidade hospitalar especializada na prevenção de delírio.

Os autores observaram algumas limitações do estudo: pacientes que não falam inglês foram excluídos por razões logísticas. De outro lado, pacientes com profunda afasia ou aqueles em abstinência alcoólica quando admitidos, apresentaram dificuldades nos resultados do novo teste.
 
Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário